Polícia fecha o cerco contra comercialização de aparelhos celulares roubados no Centro de Fortaleza
Proprietário do estabelecimento foi solto em audiência de custódia. 18 aparelhos celulares foram apreendidosA Polícia Civil do Ceará, por meio do 27º Distrito Policial, investiga a compra e a venda de aparelhos celulares roubados. O trabalho de inteligência e levantamento da equipe chegou até o Centro Municipal de Pequenos Negócios, conhecido como "beco da poeira", localizado na avenida Imperador, Centro de Fortaleza.
Em uma primeira ação, no dia 7 de junho, uma pessoa foi presa em flagrante pelo crime de receptação e 18 aparelhos celulares furtados e roubados foram apreendidos. No dia seguinte o suspeito foi liberado em audiência de custódia, mas as ações seguem em andamento.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
O POVO teve acesso ao documento de audiência de custódia, em que é especificado que a ação teve início com a investigação sobre um aparelho celular roubado. As diligências chegaram até um homem, que afirmava ter comprado o celular no Centro de Fortaleza, mais precisamente no Beco da Poeira.
Os policiais foram até o box indicado, onde houve a venda do aparelho com restrição de roubo. No estabelecimento comercial, eles encontraram 18 aparelhos. O proprietário do comércio foi preso em flagrante, mas solto no dia seguinte em audiência de custódia por ter bons antecedentes, residência fixa. A Justiça impôs medidas cautelares a Wesley Paiva da Silva.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou, no dia da prisão, que Wesley possuía antecedente de crime contra a administração pública. Ainda descreveu que a investigação começou com o registro de um Boletim de Ocorrência (B.O) de dois aparelhos roubados no bairro João XXIII.
"Com as diligências policiais, foi possível localizar o telefone em questão, que estava na posse de outra pessoa que indicou ter comprado o celular em um estabelecimento comercial no Centro de Fortaleza. Conforme a apuração, esse estabelecimento comercial estaria comercializando aparelhos celulares com queixas de roubos e furtos", diz o boletim da Secretaria da Segurança.
Agora, a investigação segue no sentido de fechar o cerco contra a comercialização de aparelhos celulares. Os boletins de ocorrência são analisados. Além de identificado o proprietário da loja, a Polícia busca descobrir outros envolvidos, como os responsáveis pelos roubos e furtos. A tarefa é difícil, pois na maioria das vezes as investigações chegam aos receptadores.
De acordo com fonte da Polícia Civil, todos os aparelhos celulares apreendidos foram verificados um a um e os que são provenientes dos crimes serão restituídos.
Por meio de nota, os advogados Flávio Uchôa Baptista Filho e Pedro Felipe Lima Rocha, responsáveis pela defesa do suspeito, apontaram que o preso é réu primário. "Nosso cliente não tem qualquer envolvimento com a criminalidade, sendo primário, tem bons antecedentes, residência fixa, tudo isso demonstrado no processo, que culminou na sua liberdade em sede de audiência de custódia", informou.
Conforme a defesa, o cliente não praticou qualquer roubo ou furto dos aparelhos celulares. "tal situação foi demonstrada a autoridade policial e será demonstrada em juízo durante a instrução processual", informaram os advogados.