Dia Nacional do teste do pezinho alerta sobre importância do exame

Procedimento é obrigatório por lei e pode ser realizado em unidades públicas de saúde; doenças genéticas e metabólicas podem ser identificadas pelo exame

O teste do pezinho é o primeiro e fundamental exame ao qual um bebê deve ser submetido. Por meio de um simples furo no calcanhar do recém-nascido, é possível identificar uma série de doenças, mesmo antes da manifestação de qualquer sintoma. O cuidado nos primeiros dias de vida da criança é celebrado anualmente nesta terça-feira, 6 de junho, Dia Nacional do Teste do Pezinho.

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“Na Medicina, a gente é acostumado a pessoa sentir alguma coisa e ir ao médico. O teste do pezinho é para doenças em que as pessoas não sentem nada e vão começar a tratar antes de sentir”, afirma a geneticista do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), Erlane Ribeiro.

Por meio do Programa Nacional da Triagem Neonatal, uma série de ações preventivas identificam doenças metabólicas e ajudam a começar o tratamento antes que elas se desenvolvam.

A especialista ainda reforça que o teste deve ser realizado, preferencialmente, entre o terceiro e o sétimo dia de vida do recém-nascido, podendo ser realizado também em outras etapas do desenvolvimento da criança, observados os riscos do atraso.

“Muitas vezes , o que a criança sente, eu não consigo mais reverter. Quanto mais eu demorar a tratar, pior ela [a criança] vai ficar”, explica.

O procedimento é necessário mesmo em caso de crianças prematuras ou de baixo peso. A depender da situação do bebê, o teste pode ser realizado normalmente, sem prejuízos ao resultado.

No entanto, para crianças em estado muito delicado, como as internadas em UTI neonatal, é recomendado que sejam realizados dois exames, um na primeira semana de vida e outro um mês após o contato inicial.

A partir do resultado do teste podem ser identificadas doenças genéticas e metabólicas que interferem na produção de hormônios, dificultam o transporte de oxigênio, resultam em acúmulo de secreções, diminuem a hidratação da pele, dentre outras complicações.

Na manhã desta terça-feira, 6, uma das bebês atendidas no Hias para o teste do pezinho foi Giovanna, filha de Juliana Costa. “A gente se sente mais segura pra levar pra casa sabendo que está tudo bem e que não vai ficar apreensiva no futuro, né? É essencial ser feito”, disse a mãe sobre o exame.

O sangue coletado pelo teste do pezinho é levado até o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para análise. Caso seja necessário, o bebê é encaminhado a um centro de referência em tratamento.

No Brasil, o teste é obrigatório por lei e oferecido em diversas unidades de saúde pública, como maternidades e postos de saúde. 

Teste do pezinho no Ceará

No Ceará, o teste do pezinho pode ser realizado nos mais de 370 postos de coleta dispostos nos 184 municípios do Estado. Em Fortaleza, um dos locais onde o exame pode ser feito é o Hias, uma das referências no atendimento e acompanhamento de recém-nascidos.

Durante todo o ano de 2022, aproximadamente 94 mil crianças fizeram o teste do pezinho no Ceará, de acordo com dados da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Ao todo, foram 590 mil diagnósticos fornecidos pelo Lacen.

Nos primeiros cinco meses de 2023, o número de diagnósticos já ultrapassa 239 mil, a partir de testes do pezinho feitos em 39 mil bebês.

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