Cinco pessoas são presas em operação contra o tráfico na Messejana

Alvos são apontados como integrantes de uma facção criminosa, cujo chefe enviava drogas diretamente da Bolívia

Cinco pessoas foram presas nesta sexta-feira, 2, em uma operação policial que visa combater o tráfico de drogas na região da Grande Messejana. A ação é um desdobramento da prisão de Fabrício Higor Dias Leite, de 29 anos, na última segunda-feira, 29, em Goiás.

Conforme investigação da Delegacia de Narcóticos (Denarc), Fabrício Higor, também conhecido como “Fabrício Playboy” ou “Alok”, era um importante fornecedor de drogas. A Polícia Civil apurou que ele estava na Bolívia, de onde enviava os entorpecentes para o Estado. Em uma ida dele para Goiânia, a Denarc, que já vinha monitorando-o, conseguiu efetuar a prisão.

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O POVO apurou que o grupo é integrante da facção criminosa conhecida como Massa Carcerária, atuante na região da comunidade da Conquista. Na manhã desta sexta, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão na região. Além disso, 28 contas bancárias pertencentes a suspeitos de integrar o grupo criminoso foram bloqueadas e veículos foram apreendidos — alguns importados, como um Honda Civic e uma SUV.

Foram presos na chamada operação Exodus II: David Nascimento de Brito, de 27 anos; Edcarlos Silva Souza, de 23 anos; os irmãos Brendo Carvalho Sena, de 28 anos e Breno Carvalho Sena, de 28 anos; e Lindemberg da Silva Oliveira, de 30 anos. Contra eles, havia de mandado de prisão preventiva em aberto.

Brendo e Breno já haviam sido presos em fevereiro, também pela Denarc, mas conseguiram obter a liberdade. Outros sete suspeitos que tiveram a prisão preventiva negada pela Justiça foram conduzidos para que fossem submetidos a monitoramento por meio de tornozeleiras eletrônicas.

Esta foi a quarta operação realizada pela Denarc na região neste ano. Conforme o delegado Adriano Félix, titular da Denarc, existe uma orientação por parte do delegado-geral Márcio Gutiérrez de priorizar a região, devido ao intenso conflito entre facções criminosas ali registrado.

Conforme Félix, o grupo traficava uma grande quantidade de drogas, o que pode ser depreendido do fato de haver uma grande movimentação financeira nas contas bancárias bloqueadas — o delegado, porém, não revelou os valores.

“Então, visando sufocar essa organização criminosa, a gente não só está fazendo a questão criminal, mas também a questão de sufoco da parte financeira, apreendendo bens e visando sequestrar valores de contas bancárias”, afirmou Adriano Félix.

A operação contou com apoio do Departamento de Inteligência Policial (DIP) e outras delegacias da Polícia Civil. Além disso, um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) foi utilizado na ação.

 

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