Empreendedoras da Barra do Ceará criam projeto social

Na linha de trazer tecnologia para as comunidades, as duas vibram com o sucesso, mas também não esquecem as raízes

Duas empreendedoras cearenses da Barra do Ceará, em Fortaleza, descobriram na venda de relógios a oportunidade para crescer e expandir o trabalho.

Após criar a empresa e expandir a venda para todo o Brasil, o casal iniciou um projeto social. A ideia de ajudar na comunidade em que nasceram fez com que elas iniciassem o trabalho em outubro do ano passado.

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Na linha de trazer tecnologia para as comunidades, as duas vibram com o sucesso, mas também não esquecem as raízes e relembram os três meses que passaram dormindo em papelões por não ter uma cama ou móveis.

Alê Rocha, de 27 anos, e a namorada e sócia Ângela Gaspar, 28 anos, se conheceram em um cursinho preparatório, as duas almejavam concurso público, eram moradoras das comunidades da Barra do Ceará, em Fortaleza, e do Nova Metrópole, em Caucaia, Região Metropolitana.

A Alê era proprietária da Alê T-shirt, que vendia camisas e após o início do relacionamento, a Angela convenceu a companheira a vender relógios, smartwatchs e mudar o nome da marca.

As duas começaram as vendas investindo R$ 400 e entregavam relógios em uma motocicleta, iam de porta em porta mostrar os produtos. O ponto de partida foi a casa da mãe da Alê, na Barra do Ceará.

Alê e Angela chegaram a dormir em papelão, por três meses, sem camas, em um pequeno apartamento alugado no Jardim Iracema.

Elas encontraram, nas redes sociais, a oportunidade de divulgar o trabalho. Atualmente comercializam relógios para todo o Brasil.

Elas também fazem sucesso na Internet com perfis nas redes sociais, cada uma com mais de 20 mil seguidores. São proprietárias de duas lojas, sendo uma no Vila Velha e outra no Centro Fashion.

A ideia de não esquecer das raízes fez com que as garotas de comunidade, após o sucesso, começassem um projeto na Barra do Ceará, que teve início em outubro, com a distribuição de brinquedos.

O projeto engloba a atenção necessária para as comunidades em que elas nasceram e é movido pela vontade de fazer com que as pessoas da favela possam também chegar onde elas chegaram.

"A gente tem grandes sonhos, começamos o projeto ano passado e esse projeto vai aumentar ano ano e agregar também na comunidade do Pici, onde a Angela nasceu, e no Nova Metrópole", ressalta.

"Cria da Barra City, Barra do Ceará. Tenho muito orgulho de onde eu vim. A gente nunca vai esquecer de onde a gente veio, de onde a gente começou. (...) Graças a Deus esse projeto só vai aumentar ano a ano", destaca.

A clientela dos relógios era de pessoas que queriam ter acesso a tecnologia sem precisar investir valores exorbitantes. O trabalho delas facilitou ainda o acesso das pessoas a tecnologias e as redes sociais.

Como exemplos de sucesso na comunidade, as duas querem manter suas raízes, trabalhar e ser exemplo para que outras pessoas, moradoras de comunidades, tenham acesso a diversos tipos de tecnologias com preços acessíveis.

A história das duas meninas se confunde com a de centenas de jovens de comunidade, que almejam crescer, estudar,  empreender.

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Comunidades Barra do Ceará Barra do Ceará Fortaleza empreendedorismo na comunidade

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