Wellington Dias visita projeto de distribuição de alimentos no Ceará e almeja expansão nacional

Ministro fez tour pela fábrica e viu como os alimentos do projeto Mais Nutrição são processados, armazenados e distribuídos

17:18 | Mai. 26, 2023

Por: Alexia Vieira
Visita do ministro Wellington Dias à fábrica do Mais Nutrição, com presença do governador Elmano de Freitas, da secretária da Proteção Social, Onélia Santana, e da primeira-dama Lia Freitas (foto: FERNANDA BARROS)

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, visitou uma das fábricas do projeto Mais Nutrição na manhã desta sexta-feira, 26, em Maracanaú. Mantido pelo governo do Ceará, o local utiliza alimentos excedentes da Ceasa que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza e repassa para instituições sociais.

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Com o intuito de combater a fome, o ministro afirmou ter planos para criar uma rede nacional de bancos de alimentos.

“Aqui também me alegra o fato de que há um aproveitamento daquilo que ia pro lixo. O Ceará é uma referência nessa área. A gente já tem alguns estados com bancos de alimentos e eu estou dialogando com os gestores de Ceasas no Brasil para criar uma rede nacional de bancos de alimentos”, relatou durante coletiva de imprensa.

Wellington Dias acredita que o setor privado, formado por distribuidoras e pelo comércio, também pode contribuir para diminuir o desperdício alimentar e doar insumos para bancos de alimentos. Segundo ele, o ministério pode firmar pactos com estados, municípios e empresas para garantir verbas que custearão o funcionamento das fábricas.

Durante a visita, o ministro foi acompanhado pelo governador Elmano de Freitas (PT) e pela secretária da Proteção Social, Onélia Santana, e pela primeira-dama Lia Freitas. A comitiva passou por todos os ambientes da fábrica, vendo como os alimentos são processados, armazenados e preparados para as doações.

Além de separar alimentos in natura, frutas são transformadas em polpas e um mix de legumes desidratados é produzido para compor sopas.

“Sabemos que têm bancos de alimentos em outras Ceasas, mas aqui vai além. Aqui é uma fábrica que transforma os alimentos in natura em alimentos que podem ser consumidos em até um ano”, explicou a secretária Onélia, que é a idealizadora do projeto.

O governador afirmou que há planos de expandir o projeto ainda dentro do Ceará. “Nós temos aqui em Maracanaú, temos já lá em Barbalha e temos a definição de fazer esse mesmo projeto na Ceasa de Tianguá, lá na Serra da Ibiapaba".

Após conhecer a fábrica, o ministro visitou também o Complexo Mais Infância – Maria de Lourdes Moreira Leite Lima, localizado no bairro João XXIII, em Fortaleza. Wellington Dias compareceu ainda à Plenária Estadual do PPA Participativo 2024-2027, na Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace).

Instituição atendida alimenta pelo menos 90 crianças com doações

O projeto social Casa de Irmãos é uma das 134 instituições inscritas no Mais Nutrição. A fundadora e diretora da casa, Marlene Marta de Albuquerque, afirmou que recebe cerca de 190 kg de verduras e frutas a cada 15 dias para alimentar 90 crianças e famílias atendidas pelo projeto.

“Ao todo a gente deve tá alimentando por volta de 150 a 200 pessoas. Também tem algumas pessoas em situação de rua que vão à instituição”, afirmou Marlene. A Casa de Irmãos é localizada no bairro Cocó e atende comunidades do entorno, como Pau Fininho, Barreiros e Gengibre.

“Nós estamos numa área nobre, mas quando você vai entrando nas comunidades você vê situações de 20 anos de atraso, que a gente não acredita que ainda tem uma situação como aquela”, contou a diretora. Com o Mais Nutrição, a missão de alimentar os moradores desses locais ficou mais fácil, segundo Marlene.

Ela relatou dificuldades quando tinham outros parceiros para receber doações, principalmente envolvendo critérios estabelecidos para os tipos de equipamentos que a cozinha da instituição precisaria ter.

“Eles levam a nossa realidade em conta. A gente tem que ter um espaço para armazenar, mas não é aquela coisa de precisar ter um freezer de certo tamanho. Isso acaba sobrecarregando a instituição”, disse.