Entregadores de apps em Fortaleza planejam paralisação contra exigência para subir em apartamentos

Associação também busca a regulamentação do trabalho, isenção de IPVA e reclamações sobre defasagem no aumento das tarifas

A Associação dos Trabalhadores por Aplicativos de Fortaleza (ATAF) realizará, no próximo dia 15 de maio, uma paralisação para discutir uma série de reivindicações, uma delas em relação à exigência criada por clientes de que os entregadores precisam entrar em condomínios e fazer as entregas no apartamento. O protesto está previsto para acontecer na Praça da Imprensa, na Capital, a partir das 8 horas.

Os trabalhadores defendem que seja feito um projeto de lei para que os profissionais não precisem entrar nos condomínios ou apartamentos e que a entrega fique restrita à portaria. A divergência entre clientes e entregadores tem chegado a situações de agressão contra os trabalhadores, diz a categoria. 

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Presidente da associação, Douglas Silva Sousa, conhecido como "Dougão da ATAF",  ressalta que, dentre as pautas, estão a regulamentação dos serviços de aplicativo, o aumento das tarifas, a isenção do IPVA aos trabalhadores por aplicativo (motocicleta) até 170 cilindradas, multas consideradas pela categoria como abusivas, a necessidade de vagas para embarque e desembarque de passageiros, entregas múltiplas e a da criação de um projeto de lei para que os motoristas não sejam mais obrigados a subir em condomínios, entrar nos elevadores e subir nos apartamentos.

Eles desejam que as entregas sejam realizadas na portaria dos condomínios e destacam que há casos em que os trabalhadores são agredidos pelos clientes quando se dirigem aos apartamentos.

Atualmente, o transporte de passageiros funciona por meio de uma liminar da Justiça, e os trabalhadores atuam sem saber se terão a situação regulamentada.

De acordo com o presidente da Ataf, as tarifas dos aplicativos para os motociclistas estão defasadas e necessitam de reajuste. Além disso, há casos em que os entregadores saem com três pedidos e recebem por apenas uma entrega.

Outra reclamação dos profissionais é a questão das multas por viseira de capacete levantada, que os motociclistas consideram abusiva.

Nesse sábado, 6, houve reunião com Eulógio Neto, que é especialista em direito público e responsável por intermediar o diálogo entre os entregadores por aplicativo e poder público (Estado e Município). Na ocasião foi repassada a demanda para o prefeito José Sarto e o chefe de gabinete, Renato Borges.

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