Celebrações da Sexta-feira Santa lotam a Catedral Metropolitana de Fortaleza

Fiéis levaram cadeiras de praia e bancos para ocupar a nave da Catedral durante o Sermão das Sete Palavras

O arco-íris foi o primeiro a ser percebido pela multidão quando a procissão do Senhor Morto colocou pé no asfalto no entardecer da Sexta-feira Santa, 7 de abril. Ele parecia decorar a torre da Catedral Metropolitana de Fortaleza e, para os fiéis, lançar boas novas.

Afinal, o dia começou chuvoso em Fortaleza, mas deu trégua ao começar o Sermão das Sete Palavras — vale lembrar que a Sexta-feira Santa é o único dia em que não se celebra missa, mas uma ação litúrgica em memória à morte de Jesus.

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A nave da Catedral estava lotada de fiéis, que tanto ocuparam os bancos fixos do local, quanto sentaram em cadeiras de praia e bancos levados prevendo falta de espaço. Muitos também estavam sentados no chão e outros ajoelhados orando. As filas para a comunhão iam de ponta a ponta da igreja.

Por volta das 17 horas, começou a procissão. À frente, a imagem de Virgem Maria, seguida da imagem do corpo de Jesus Cristo carregada por sete homens. Entre hinos e orações, os fiéis saíram da avenida Alberto Nepomuceno em direção à rua Rufino de Alencar. Passaram pelo Teatro Municipal São José e em frente ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

Dali, caminharam pela avenida Dom Manuel, cruzando a Arquidiocese de Fortaleza, e voltaram à Catedral pela rua Costa Barros, encerrando a procissão de cerca de 40 minutos. No caminho, vários moradores foram às janelas e às portas para acompanhar a celebração.

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“Nós estamos muito contentes pela certeza de que a fé ainda está viva no coração de muita gente. Hoje, por exemplo, se pode ver que a Catedral se tornou pequenina para a multidão que vem para a comemoração da morte de nosso Senhor Jesus Cristo”, comenta o padre Clairton Alexandrino de Oliveira, pároco da Catedral.

Para ele, a imagem de gente de todas as idades, especialmente as crianças, é sinal de esperança.

“É preciso o homem se convencer de que a sua esperança não é a esperança de dias melhores. Não é uma esperança terrena. A nossa esperança é a que brota da morte redentora de Cristo e que nos traz em si a garantia da vida eterna. Isso que é o fundamental da Páscoa: esse renascimento para a vida nova que só Ele nos dá com a sua ressurreição, que garante o triunfo da vida sobre a morte”, prega, após refletir sobre a importância da paz e da caridade para com os mais necessitados.

Entre os muitos fiéis que acompanharam a ação litúrgica e a procissão estava Maria Emmir Oquendo Nogueira, 71, cofundadora da Comunidade Católica Shalom. Para ela, a celebração é, sempre, transformadora: “Depois de uma celebração dessa você se sente muito unido a Jesus. Todos os que participam mesmo, com fé, se unem a Jesus na sua morte, na sua paixão. A gente sai mais solidário com as pessoas que sofrem.”

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