MPCE se manifesta contra acordo no caso de racismo na Zara em Fortaleza
O órgão destacou que os MPs têm se manifestado pela inviabilidade do acordo em casos de racismoO Ministério Público do Ceará (MPCE) se manifestou com recusa da oferta de Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) que envolve o ex-gerente da Zara, Bruno Filipe Simões Antônio, em um caso de racismo contra uma cliente da loja de roupas Zara, localizada em um shopping de Fortaleza. O órgão informou, por meio de nota oficial, que considerou estarem ausentes os requisitos subjetivos para a proposição do acordo.
Conforme o MPCE, a Justiça Estadual entendeu que não há ilegalidade na recusa do acordo e destacou que os ministérios públicos de diversos estados do País têm se manifestado pela inviabilidade do ANPP em casos de racismo.
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O MPCE informou que essa recusa não se confunde com a recusa indiscriminada à utilização desse benefício com base apenas na gravidade do crime. "O que se busca é reconhecer a insuficiência protetiva dessa prática, de moto a evitar a equiparação do crime de racismo, imprescritível e inafiançável, a delitos menos lesivos", informou a nota.
Delegada denuncia racismo em loja da Zara
A delegada Ana Paula Barroso, que era diretora-adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis, denunciou ter sido vítima de racismo em setembro de 2019.
A delegada foi barrada na entrada do estabelecimento pelo gerente do local, que teria alegado questões de segurança. Após denunciar o caso, a Polícia Civil do Ceará (PC-CE) cumpriu mandado de busca e apreensão na loja.
Em dezembro de 2021, a Justiça cearense aceitou denúncia por crime de racismo contra o gerente da Zara envolvido em episódio com a delegada Ana Paula Barroso.
Bruno Felipe Simões Antônio, de nacionalidade portuguesa, virou réu do processo.
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