Perícia confirma morte por afogamento de travesti que estava desaparecida
A causa oficial da morte, de acordo com o laudo cadavérico da Pefoce, foi um afogamentoO corpo de Babaluket, travesti que estava desaparecida desde o dia 6 de setembro de 2022, foi encontrado na faixa de areia da Praia do Pecém, a cerca de 62,5 km de Fortaleza, no dia 8 de setembro do mesmo ano. Só foi possível, no entanto, confirmar que se tratava da travesti nessa terça-feira, 21, após exame de DNA realizado pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), que confirmou a causa da morte por afogamento. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) na manhã desta quarta-feira, 22, em coletiva de imprensa.
De acordo com Augusto Soares Flávio, delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a mãe e a irmã da vítima tiveram os materiais genéticos coletados pela Pefoce, e, a partir desses dados, foi possível confirmar a identidade do corpo. “[O material genético] deu um match com o corpo que tinha sido encontrado no dia 8 na praia do Porto de Pecém, em São Gonçalo do Amarante”, explica.
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Augusto informou que o perito que atendeu à ocorrência encontrou o corpo em um avançado estado de putrefação, aparentando estar com uma fratura interna no braço. Apesar disso, a causa oficial da morte, de acordo com o laudo cadavérico da Pefoce, foi um afogamento.
“A priori, o que nós temos de oficial é esse laudo que não encontrou outras lesões internas e externas e que trouxe como causa da morte o afogamento”, frisa o delegado.
Travesti Babaluket estava desaparecida desde setembro de 2022
Cerca de duas semanas depois do sumiço, no dia 22 de setembro de 2022, a família de Babaluket fez um Boletim de Ocorrência (B.O), e os policiais iniciaram as investigações.
“Nesse período, foram feitas diligências à procura do corpo, fomos atrás de diversas informações que recebíamos. Fomos ao Cais do Porto, fomos no Vicente Pinzón. Recebemos informes de que um ex-namorado da Babaluket residia em Itarema, estivemos lá duas vezes até conseguir encontrá-lo”, diz o delegado Augusto Soares Flávio, do DHPP.
Augusto Soares ainda ressalta que as investigações continuam a cargo da delegacia de São Gonçalo do Amarante para apurar toda a profundidade da situação desse afogamento. "Para saber se foi [um afogamento] forçado, se não foi, mas isso fica a cargo da delegacia onde o corpo foi encontrado.”