Obras na avenida Paulino Rocha estão 40% prontas e previsão de entrega é estendida

Segundo a Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), responsável pelos trabalhos, o projeto busca melhorar o trânsito na localidade e impedir alagamentos. Obra foi iniciada em outubro, com seis meses de previsão de entrega

Engarrafamento. Desorganização. Lama. O andamento das obras de drenagem na avenida Deputado Paulino Rocha tem gerado um punhado de consequências para os moradores do bairro Cajazeiras e para os condutores de veículos que precisam passar pela localidade com frequência.

Iniciadas em outubro de 2022, os trabalhos no perímetro tinham entrega prevista em seis meses. A Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), no entanto, aponta que 40% das atividades foram completadas e a obra deve ser entregue ainda neste semestre.  

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Segundo a pasta, os trabalhos na região visam instalar um novo sistema de drenagem para a região e requalificar a avenida — neste caso, um dos motes é permitir uma maior fluidez no trânsito. As obras foram orçadas em R$4,1 milhões e deveriam ser entregues em abril. Além das Cajazeiras, os bairros Castelão e Barroso também vão ser beneficiados pelo projeto.

Com o advento da quadra chuvosa e a não conclusão dos trabalhos, reclamações surgiram acerca das consequências causadas pelas obras. Moradores e donos de estabelecimentos criticam o trânsito acumulado na avenida e o impacto financeiro causado no comércio.

Residente da região, Sueli Gomes da Silva, 46, cuida de um estabelecimento situado em frente ao centro de operações dos trabalhos. Ela acredita que, mesmo diante da importância do projeto de requalificação, problemas oriundos das atividades no local podem ser percebidos.

“Acredito que as obras vão melhorar algumas coisas, mas as nossas vendas foram um pouco prejudicadas. Com o início dos trabalhos, por exemplo, ficou difícil para estacionar carros. Em dias de jogos no Castelão, fica horrível. O trânsito é o grande problema”, aponta Sueli.

Para a vendedora, que cuida do espaço com o seu filho, o principal problema está relacionado às obras estarem sendo desenvolvidas no meio da quadra chuvosa, que vai de fevereiro a maio. Os trabalhos, prossegue, poderiam ser tocados em outra época do ano.

Em consonância com Sueli vai o frentista Sandro Gomes, 52. Ele, um morador das Cajazeiras, destaca os impactos causados pelas obras no dia a dia dos residentes do bairro. As suas reclamações englobam a demora para a finalização dos trabalhos e a piora observada no trânsito da avenida.

“Penso que o trânsito estava melhor antes [das obras]. O comércio fluía melhor. São obras ainda não terminadas pela Prefeitura. Os moradores do bairro também têm sentido os impactos disto tudo. Com as chuvas destes últimos dias, isto nem parece uma avenida, de tão caótica a situação. Parece que estamos dentro do rio Cocó”, reclama o frentista.

O problema no trânsito também foi ressaltado Rodrigues Rodrigues, 28, gerente de um restaurante localizado na Paulino Rocha. Outra adversidade levantada pelo administrador foi a queda nas vendas — segundo ele, gerada em parte pelo estado da avenida.

Quando chove, aponta Rodrigues, as obras contribuem para que enormes quantidades de lama se formem em diferentes áreas. Estes fatores, defende, favorecem a queda de movimentação no estabelecimento. “Percebemos uma queda [nas vendas] no mês de fevereiro e em março. Penso que abril também vai ser difícil. Outras questões têm nos prejudicado. Muitas pessoas estão reclamando da poeira vinda das áreas do trabalho”.

Parecer da secretaria

Ao O POVO, a Seinf afirma que as obras na avenida estão com 40% de execução — os serviços estão previstos para se encerrarem no primeiro semestre deste ano. Segundo a pasta, os trabalhos objetivam evitar pontos de alagamentos na região.

As obras, sublinha a secretaria, ainda miram urbanizar a localidade por meio do reordenamento do ambiente e de novas sinalizações. Também estão previstas a criação de 40 vagas de estacionamento para que os condutores não parem os seus veículos de forma irregular na via.

Em relação ao trânsito, a Seinf afirma que a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) tem monitorado de maneira diária o comportamento do fluxo na Av. Paulino Rocha por meio do trabalho dos agentes e orientadores de tráfego que atuam em posto fixo e em rotas volantes.

Câmeras de monitoramento têm sido usadas para auxiliar a circulação dos veículos. O intuito, aponta a pasta, é regular o tempo semafórico para que o período de locomoção na avenida possa ser otimizado.

A Seinf também orienta que os condutores optem por vias alternativas para contornar o trânsito na localidade.

 

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