Fortaleza: Mulher é acusada de matar homem paraplégico após tentar atear fogo em companheiro
Caso ocorreu em 18 de agosto de 2022 no bairro Granja Lisboa. Denúncia contra Maria Regina Teixeira dos Santos, de 52 anos, foi aceita nessa segunda-feira, 6Uma mulher se tornou ré acusada de matar um homem paraplégico após provocar um incêndio em uma casa do bairro Granja Lisboa, em Fortaleza. Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE), Maria Regina Teixeira dos Santos, de 52 anos, tentou atear fogo no companheiro dela enquanto este dormia. O fogo se alastrou pela residência e veio a atingir Juvenal Vitorino da Silva, 53 anos, que faleceu dez dias depois no hospital.
O caso ocorreu em 18 de agosto de 2022, e a denúncia do MPCE foi recebida nessa segunda-feira, 6, pela 5ª Vara do Júri. No dia do incêndio, narra a acusação, Regina e o companheiro teriam tido uma discussão, por motivo ainda não identificado.
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Depoimento de uma testemunha faz referência a uma agressão que Regina teria sofrido do então companheiro durante a discussão. Juvenal havia dado abrigo a Regina e ao companheiro dela alguns meses antes do fato.
Após a briga, quando o companheiro de Regina estava dormindo, ela teria acendido uma caixa de cigarros e jogado-a na cama onde o homem estava. Ele acordou com o fogo e conseguiu fugir, apesar de ter sofrido queimaduras.
Juvenal, entretanto, não conseguiu escapar. Mesmo estando em outro ponto da casa, ele foi atingido pelas chamas, pois, por ser paraplégico, tinha dificuldade de locomoção, afirmou o MPCE. Vizinhos chegaram a retirar Juvenal de casa, e ele foi encaminhado a uma unidade hospitalar, mas morreu em 28 de agosto.
“O laudo cadavérico [...] informa como causa da morte ‘pneumonia, em consequência de queimadura’, bem assim confirmando o uso de meio cruel pelo uso de fogo”, afirma na denúncia a promotora Márcia Lopes Pereira.
“O mesmo laudo ainda descreve que a vítima ‘apresenta extensas áreas do corpo com sequelas de queimaduras, como membro superior esquerdo, membros inferiores e tórax’”.
Maria Regina foi denunciada por homicídio duplamente qualificado (utilização de meio cruel e pela dificuldade de defesa da vítima) e tentativa de homicídio também duplamente qualificada (utilização de meio cruel e pela dificuldade de defesa da vítima).
O MPCE também requereu que ela pague uma indenização de R$ 13.500 à família da vítima, assim como solicitou à Polícia Civil perícia no local do crime, a fim de constatar a extensão do dano causado pelo fogo.
O POVO não conseguiu localizar a defesa de Maria Regina na noite desta quarta-feira, 8.
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