Ar-condicionado deve voltar a todos os ônibus de Fortaleza até agosto, diz Sarto
Prazo permite que empresas realizem a manutenção dos equipamentos. Problemas financeiros também são obstáculos, de acordo com SindiônibusEm Fortaleza, o prefeito José Sarto (PDT), garantiu, nesta quarta-feira, 9, que os 1.400 ônibus em operação na Capital terão ar-condicionado funcionando até o início de agosto. Conforme o Sindiônibus, os equipamentos que demandarem limpeza sem necessidade de manutenção preventiva estarão ligados a partir desta quinta-feira, 9.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), Dimas Barreira, 750 ar-condicionados já estão liberados para uso. "Os demais, seguiremos fazendo um raio-x e dentro de algumas semanas teremos um parecer final", afirma.
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"Negociamos uma volta paulatina (do ar-condicionado), porque tem que haver manutenção nos equipamentos", explicou Sarto durante evento de entrega de novas viaturas para o Grupamento Maria da Penha, nesta manhã. De acordo com o prefeito, a gestão estabeleceu "longas reuniões" com o sindicato.
Depois das negociações, foi definido aumento da tarifa integral para R$ 4,50 (alta de R$ 0,60 em relação ao valor atual) e redução da tarifa estudantil para R$ 1,50 (queda de R$ 0,30 em relação ao atual). "Isso é uma maneira de dar qualidade (ao serviço) e garantir quantidade (de passageiros)", diz o prefeito.
Além da volta do ar-condicionado, o Sindiônibus aponta o aumento da disponibilidade de veículos. Dimas Barreira contou à rádio O POVO CBN, nesta quarta-feira, 8, que 36 veículos foram adicionados emergencialmente às linhas. Para atender o restante da demanda, mais 181 ônibus serão acrescentados.
Atualmente, a frota de Fortaleza conta com 1.471 ônibus cadastrados, sendo 1.300 operantes em dias úteis. Ao todo, 1.430 veículos compõem a frota remunerada. A idade média dos veículos é de 8 anos. Durante a gestão de Luizianne Lins (de 2005 a 2009) a idade média chegou a ser de 3,5 anos.
Três anos sem ar-condicionado
O sistema de ar-condicionado nos coletivos urbanos foi desativado em 16 de março de 2020, diante da necessidade de arejar os espaços e dificultar a transmissão do coronavírus. Com o controle da Covid-19, o motivo deixou de ser sanitário e se tornou financeiro e logístico.
Em outubro passado, o Sindiônibus afirmou não haver previsão para o religamento dos aparelhos de climatização dos coletivos.
"Este é um momento de revisão do equilíbrio financeiro dos contratos de operação e da elaboração de um cronograma de reparação para religamento. Os aparelhos não são projetados para ficar tão longo período sem ligar, e isso traz consequências severas ao funcionamento e limpeza”, evidenciou o Sindicato.
Com informações dos repórteres Gabriel Borges e Gabriel Gago/ especial para O POVO
* Atualizada às 18h59min