Deteriorado, Centro de Humanidades da Uece tem áreas interditadas e teto desabando

Prédio apresenta infiltrações e sofre com alagamentos em dias chuvosos. Reitoria promete investir R$ 1 milhão em manutenção predial

Infiltração nas paredes, teto desabando, mofo, pilhas de entulho e elevadores quebrados.

Foi com estas condições que o Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará (Uece), no Bairro de Fátima, em Fortaleza, recepcionou os alunos novatos para o início do ano letivo, nesta segunda-feira, 27. O prédio em ruínas causa aflição na comunidade acadêmica, especialmente em dias chuvosos.

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De acordo com o vice-presidente do Centro Acadêmico de Filosofia, Antonio Flor, salas de aula, auditório e biblioteca estão com o telhado na iminência de ceder. "O teto está totalmente destruído, precisa da construção de um novo. Quando chove a infiltração é tanta que alaga tudo, principalmente a biblioteca. Não podemos nem ler e nem ter acesso aos livros", descreve.

As últimas chuvas registradas em Fortaleza causaram alagamentos em muitos espaços do prédio. A sala de leitura e a biblioteca foram as áreas mais afetadas e ambas estão interditadas. Segundo Antonio, a água atingiu parte do acervo e danificou aproximadamente 1.000 livros. Para evitar perda total, funcionários da instituição cobriram parte dos exemplares que restaram com lonas.

Outro espaço afetado pelas chuvas foi a quadra poliesportiva, cujo telhado desabou parcialmente. Devido ao risco de novos incidentes, o local também está interditado. Além das competições esportivas, a quadra também era usada para as refeições diárias dos estudantes, uma vez que o campus não dispõe de Restaurante Universitário. Com a nova realidade, as marmitas são consumidas nos corredores e embaixo de árvores.

O prédio também não oferece condições mínimas de acessibilidade. O elevador para idosos e pessoas com deficiência está inoperante há meses. Em alguns pontos do campus, o acúmulo de entulho também dificulta a mobilidade e expõe ao risco professores, alunos e servidores. Falta o básico, conforme Antonio Flor. "Não temos nem computadores na sala de informática. Muitos estudantes precisam se virar para fazer seus trabalhos".

Em nota enviada ao O POVO, a Reitoria da Uece afirmou que o campus Fátima deve receber investimento de aproximadamente R$ 1 milhão em serviços de manutenção predial. O recurso, já garantido pelo Governo do Estado, será liberado após assinatura da ordem de serviço pela Superintendência de Obras Públicas (SOP). Não há, contudo, um prazo estipulado para isso. 

De acordo com a nota, a instituição iniciou iniciou tratativas com o Governo ainda em 2022 a fim de viabilizar os recursos para a manutenção de todos os campi da Universidade.

“Dessas tratativas, dois contratos foram assinados e publicados no DOE [Diário Oficial do Estado] agora no início do mês de fevereiro de 2023, tanto para as manutenções prediais emergenciais no Campus Fátima como do Campus Itaperi”, informa o texto.

“A Reitoria da Uece reitera seu compromisso com a educação pública, gratuita e de qualidade e vem buscando diálogo com o Governo do Estado a fim de superar os desafios de infraestrutura existentes”, complementa a nota.

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