Muralha da 10ª Região segue em obras dois anos após avarias

Reestruturação do muro foi dividida em duas etapas, segundo o Comando da 10ª Região Militar, primeira fase do processo encontra-se em etapa de conclusão

Quem trafega pela avenida Presidente Castelo Branco, conhecida como Leste Oeste, próximo ao cruzamento com a avenida Alberto Nepomuceno, no Centro, pode constatar que a muralha da Fortaleza Nossa Senhora de Assunção segue danificada. O problema se arrasta há cerca de dois anos. E conforme laudo técnico de junho de 2022, a ruptura foi resultado do desgaste de material do muro e problemas de drenagem das águas da chuva.

Em março de 2021, o local foi cercado por lonas e tapumes, o mesmo material segue sendo utilizado em fevereiro de 2023. Do alto da pequena escadaria que abriga o monumento da vitória, localizado na bifurcação da avenida Presidente Castelo Branco, é possível observar que, atrás dos tapumes, a reestruturação pouco evoluiu.

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Pedras, areia e resto de concreto ainda estão espalhados nos arredores da região danificada. No local, uma placa informa que a fase um de recuperação do muro teve início no dia 7 de março de 2022 e seria finalizada em 5 de junho de 2022.

Por meio de nota, o Comando da 10ª Região Militar, que está situado dentro da Fortaleza Nossa Senhora de Assunção, informa que, por tratar-se de patrimônio histórico tombado, a recuperação da muralha foi dividida em duas etapas: estabilização do solo e reconstrução da muralha.

Ainda de acordo com a nota, para a realização desses processos, é necessário a licitação do projeto, e a devida aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), além de outra licitação para a execução da obra.

Também por meio de nota, o Iphan informou que a versão final do projeto de reconstrução da área arruinada foi apresentada em julho de 2022, sendo aprovada pelo Instituto. Segundo o Iphan, em janeiro de 2023, a 10ª Região Militar formalizou o início da primeira fase do trabalho, que corresponde à contenção.

O Exército, por meio do Comando da 10ª Região Militar, informa que a etapa inicial se encontra em processo de conclusão. Na manhã desta terça-feira, 7, pelo menos quatro homens trabalhavam no local. Sobre a segunda parte da obra, que trata da reconstrução do muro, esta ainda passará por um processo licitatório. Não há uma previsão de quando as obras serão concluídas.

Em abril de 2022, O POVO mostrou que o início das obras foi prejudicado devido ao não cumprimento de exigências legais por parte da empresa que venceu o processo licitatório, o que obrigou a abertura de um novo trâmite, segundo a Administração Militar.

A Fortaleza Nossa Senhora de Assunção possui grande valor histórico para a capital cearense, tendo sido tombada em 2008 pelo Iphan, o que torna obrigatória a consulta ao órgão federal quando há a necessidade de qualquer mudança estrutural.

Os registros históricos do Iphan apontam que a estrutura foi construída pelos holandeses em 1649. Entretanto, após os portugueses assumirem o comando da região, o forte recebeu o seu nome atual, e passou por um grande trabalho de restauro. De acordo com o informativo da 10ª região militar, somente em 1726 ocorreu a concretização da inauguração da vila de Fortaleza. (colaborou Alexia Vieira)

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