Professores de Fortaleza voltam a realizar atos após manterem paralisação
Educadores da rede municipal alegam que reajuste proposto pela Prefeitura de Fortaleza não atende o valor pleiteado
18:02 | Fev. 03, 2023
A manhã desta sexta-feira, 3, foi marcada por mais um ato dos professores da rede municipal. A categoria se reuniu no bairro Dionísio Torres e percorreu parte da avenida Antônio Sales, seguiu pela rua Barbosa de Freitas e finalizou o ato em frente à sede da Secretaria Municipal de Educação, na avenida Pontes Vieira.
A principal pauta dos manifestantes é o reajuste salarial da categoria. Na última terça-feira, 31, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), esteve reunido com a categoria e garantiu o pagamento do novo piso, no valor de R$ 4.420,55. Entretanto, os professores alegam que a proposta não atende ao valor pleiteado.
"A proposta de reajuste da Prefeitura é de 0,81%, quando a verba da educação foi reajustada para 14,95%", afirma Ana Cristina Guilherme, presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute).
A solicitação da categoria tem como base o aumento de 14,95% do custo anual do aluno da rede pública urbana, que é determinado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Questionada sobre as outras pautas defendidas pelo movimento, Ana Cristina destaca que a principal discussão é o reajuste salarial, mas destaca a situação dos professores substitutos.
"Mais de 2 mil professores substitutos estão desassistidos. Não têm carteira assinada, FGTS e seguro-desemprego. A situação é um completo descaso", avalia Ana. A categoria ainda cobra uma revogação da alíquota previdenciária de 14% aplicada aos aposentados.
Ainda de acordo com a presidente do Sindute, uma nova conversa entre a categoria e a gestão pública está agendada para a próxima quarta-feira, 8 de fevereiro. Independentemente do resultado da reunião, Ana Cristina afirma que os professores voltarão às salas de aula no dia 9 de fevereiro.
"Na próxima quinta, estaremos nas escolas, mas, caso as reivindicações não sejam atendidas, nós seguiremos com um calendário de paralisações mensais", destaca Ana.
As reivindicações seguirão ao longo da próxima semana. Na próxima segunda-feira, 6, a categoria realizará ações nas escolas. Já na terça-feira, 7, o grupo irá até a Câmara Municipal. Por fim, na quarta-feira, 9, haverá uma vigília no Paço Municipal.
Através de nota, a Secretaria Municipal da Educação (SME) frisou que reafirma o compromisso sobre o pagamento do piso salarial da categoria. "Com isso, nenhum profissional do magistério receberá o vencimento base inferior a este valor. Durante reunião com o sindicato da categoria, o prefeito pediu o fim da paralisação dos trabalhadores e início do ano letivo para que a gestão municipal possa aprofundar o diálogo com os trabalhadores", informa.