Associação alerta para insegurança alimentar no bairro Granja Portugal

Falta de alimentação, saneamento básico e espaços de lazer fazem parte do dia-a-dia da comunidade nas imediações do Rio Maranguapinho

Moradores do bairro Granja Portugal, em Fortaleza, têm lidado com insegurança alimentar, falta de espaços de lazer para as crianças e de saneamento básico, situações que se agravam com o período de chuvas na Capital. A Associação Queira o Bem, que atua na comunidade, denuncia a realidade e tem buscado recursos para abrandar as demandas e tentado alertar o poder público para a situação.

Há cerca de quatro anos, a Associação tem realizado almoços comunitários para atender a mais de 300 famílias. Além dos almoços, que acontecem semanalmente às quartas-feiras, são promovidos os sopões às quintas-feiras. O local funciona como principal local de lazer para as crianças da comunidade.

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No entanto, a entidade, que conta com cinco voluntários e dois colaboradores, tem dificuldade de atender todas as pessoas que dependem da cozinha comunitária para a alimentação. Paula Oliveira, coordenadora da Associação Queira o Bem, lembra que a situação começou a piorar com a pandemia quando, com a diminuição das doações de proteína e insumos, a comida que era feita todos os dias passou a ser feita uma vez por semana.

Com o período de chuvas em Fortaleza, a demanda por alimento tende a se agravar ainda mais. Os alagamentos, principalmente nas regiões próximas ao Rio Maranguapinho, têm deixado famílias sem condições de obter alimento.

 

Chuva deixou casas alagadas na Rua Luminosa, no bairro Granja Portugal
Chuva deixou casas alagadas na Rua Luminosa, no bairro Granja Portugal (Foto: Arquivo Pessoal / Paula Oliveira)

Paula relata que visitou, na manhã desta segunda-feira, 30, uma das casas alagadas pela chuva na região e ajudou a retirar alguns móveis que não foram inutilizados pela água. Em algumas residências, ela explica, a comida não é cozinhada a gás, mas com carvão - por causa do preço- realidade que tem se tornado mais difícil com o período de chuvas.

Para lidar com as diferentes demandas da comunidade, a entidade conta com doações e parceiros e tem buscado arrecadar o suficiente para alimentar 600 famílias. Porém, a meta não tem sido alcançada. Segundo Paula, muitas pessoas chegam com horas de antecedência para as ações e almoços, enquanto 

Paula conta que, por causa da falta de equipamentos de lazer na região, a Associação Queira O Bem, na R. João XXIII, acabou se tornando o principal lugar para promoção de atividades voltadas para as crianças. No espaço, voluntários oferecem atividades como jiu-jítsu, capoeira, teatro, reforço escolar e atendimento psicológico.

Diante da precariedade que presencia, Paula tem tentado conseguir a atenção do poder público para sanar os problemas enfrentados pela comunidade. “A gente sempre pede às autoridades que eles venham olhar um pouco para a comunidade, sobre os esgotos, ou que eles possam também ver a dificuldade da gente com as bolsas de lodo que estão entupidas de lixo,” relata.

Serviço:

Telefone da Associação Queira o Bem: (85) 98530-8649

Instagram: @associacao_queira_o_bem

Pix da Associação (CPF): 00458999326

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