Pré-carnaval de Fortaleza tem relatos de roubos de celulares; veja dicas de prevenção

Secretaria da Segurança Pública afirma não ter dados específicos sobre as ocorrências e cita esquema se segurança com mais de 2 mil policiais para proteger foliões

No Pré-Carnaval de Fortaleza, nem só os foliões fazem a festa. Em meio ao clima de agitação, qualquer segundo de desatenção vira motivo de comemoração para os criminosos que se infiltram nas multidões à espera de um simples descuido.

No primeiro fim de semana de folia na Capital cearense, choveram relatos de pessoas que tiveram objetos pessoais roubados ou furtados nos polos carnavalescos montados pela Prefeitura. Os aparelhos celulares foram os alvos preferidos dos assaltantes.

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O estudante Romel Nogueira, 24, foi uma das muitas vítimas. Ele foi com um grupo de amigos ao polo do Mercado dos Pinhões, no Centro, no sábado, 21, e ficou sem telefone logo no começo da festa. “A gente tinha acabado de chegar. Estávamos afastados da multidão, mas decidimos nos aproximar um pouco. Um amigo falou que tinham tentado roubar o celular da pochete dele. Foi quando coloquei a mão no bolso e o meu não estava mais lá”, relata.

O estudante contou que os criminosos agiram dissimuladamente, sem emprego de violência ou ameaça. “Eu não senti quando tiraram do bolso. Sempre costumo ir com pochete, mas dessa vez não me atentei a isso”, lamentou. Sem clima para continuar na festa, Romel e os amigos foram para a Praça dos Leões aproveitar o resto da noite.

No local, porém, um outro integrante do grupo também acabou tendo o celular furtado. O estudante e a vítima eram os últimos da turma ainda na Praça quando o episódio aconteceu. Eles tiveram que voltar para casa a pé porque ficaram sem ter como chamar um carro por aplicativo. Ambos não registraram Boletim de Ocorrência sobre o caso.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS) não apresentou ao O POVO os dados específicos sobre as ocorrências de roubo e furto registradas nos nove polos carnavalescos de Fortaleza entre os dias 20 e 23 de janeiro. A pasta alega não ter informações estratificadas sobre os casos, uma vez que nem todas as denúncias formalizadas nas Delegacias estão diretamente relacionadas com a folia.

Sobre o esquema de segurança nos locais da festa, a Secretaria afirma que mais de 2 mil homens e mulheres das forças policiais estão escalados para atuar em pontos estratégicos a fim de garantir a "tranquilidade" dos participantes. São 1.628 policiais militares e 390 policiais civis. A operação ainda conta com agentes do Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal de Fortaleza, Perícia Forense e Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).

O que fazer antes de cair na folia

 

Para que a noite de folia não termine com uma grande dor de cabeça, alguns cuidados são recomendados. A "dica de ouro" é ir à festa usando uma pochete ou doleira. Manter o celular e a carteira sempre guardados enquanto estiver no meio da multidão também diminui as chances de uma abordagem inesperada. Quando for usar o aparelho para fazer fotos e enviar mensagens, redobre a atenção com a movimentação no seu entorno.

A medida considerada mais drástica, e também mais segura, é simplesmente não levar o telefone para a folia. É o que vai fazer Romel na próxima ida aos polos carnavalescos. "Ter o celular roubado foi uma experiência muito ruim, mas isso não vai me impedir de continuar indo para o Carnaval. Vou deixar o celular em casa, na próxima", afirma.

Para quem não consegue ficar longe do celular, mesmo na folia, é importante deixar o GPS do aparelho sempre ativado para facilitar a localização do equipamento em caso de roubo. Outra medida imprescindível é ter o número do IMEI anotado em algum lugar seguro ou salvo no e-mail. O código deve ser informado no registro do Boletim de Ocorrência. Para saber o IMEI do seu aparelho, basta digitar *#06# no teclado.

Tive o celular roubado. E agora?

 

A primeira providência é procurar uma Delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência. A denúncia também pode ser feita online por meio da Delegacia Eletrônica. Depois, procure a operadora para comunicar o roubo e pedir o bloqueio da linha telefônica. Você pode solicitar que o mesmo número seja preservado em um chip novo.

Tente acessar o serviço de geolocalização do aparelho no site da fabricante para identificar se o rastreio do telefone está ativo. Caso não, os especialistas recomendam apagar os dados e aplicativos remotamente, contudo, esta ferramenta está disponível apenas nos equipamentos do sistema operacional IOS.

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