Cozinha Solidária do Grande Jangurussu chega a 50 mil quentinhas

Cerca de quatro, cinco a seis mil quentinhas entregues ao mês, a depender de quanto é injetado pelas doações. Apoio do Governo do Ceará ainda é incerto

O projeto Cozinhas Solidárias, iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), tem trabalhado, desde abril de 2022, no combate à fome em território nacional. Nesta sexta-feira, 13, um marco foi feito na sede do Grande Jangurussu, em Fortaleza: 50 mil quentinhas foram entregues à população.

Segundo Sérgio Freitas, membro do MTST e líder do projeto Cozinha Solidária, chegar neste número simboliza a importância do espaço para a sociedade. Para tanto, na pandemia, o papel destes agentes, em essencial, das cozinhas, foi fundamental para atender pessoas sem ocupação que precisavam ser alimentadas.

São cerca de 120 a 150 quentinhas feitas diariamente, o equivalente a uma média de quatro, cinco a seis mil quentinhas entregues por mês. O fator determinante em relação a quantia varia de acordo com as doações, único meio de sustento. “Se tivermos aumento das doações, ampliamos a remessa também”, revela Sérgio.

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A cozinha do Jangurussu, da comunidade Maria Tomásia, conta, atualmente, com o suporte de 10 funcionários, todos voluntários. Para manter o projeto, no entanto, é preciso que mais de R$ 10 mil sejam arrecadados mensalmente.

Possível apoio governamental

Durante a campanha para governador, como forma de olhar para os movimentos sociais, Elmano de Freitas (PT) afirmou que financiaria as cozinhas comunitárias do Estado em prol do combate à fome.

No entanto, de acordo com Sérgio, ainda não foi realizado qualquer contato com o gestor para tratar quais medidas podem ser planejadas e executadas. “Ouvir os movimentos sociais faz parte da política. Como estão usando o nosso nome, acho justo sermos ouvidos. Elaborar, e não chamar a gente, não é legal”.

Como proposta, o líder do projeto sugere que seja criado um conselho formal, ligado diretamente ao governador, e que este grupo reúna todos as ações de combate à fome.

Para ele, as pessoas não devem receber quentinha pelo resto da vida. “Combater a fome não pode ser só oferecer quentinha. Tem que ser fortalecer a agricultura urbana, fortalecer a agricultura familiar, fortalecer a economia do bairro, gerar emprego e renda", ensina. 

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