Padre Ivan lamenta morte de papa Bento XVI: "Um dos grandes intelectuais da humanidade"

Pároco do Santuário de Nossa Senhora de Fátima lamentou a morte do papa emérito e falou sobre o legado do pontífice, que faleceu neste sábado, 31, no Vaticano

O pároco do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Fortaleza, padre Francisco Ivan de Sousa, lamentou a morte do papa emérito Bento XVI neste sábado, 31, aos 95 anos. Em entrevista à rádio O POVO CBN, o sacerdote falou sobre o legado do pontífice, um teólogo alemão que ficou marcado na história da Igreja Católica como o primeiro papa a renunciar ao cargo em 600 anos.

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Para ele, Bento XVI foi “um dos grandes intelectuais da humanidade” e seu trabalho teve como marcas “zelo apostólico, (e) centralizar o fiel”, além da consciência sobre sua missão e as questões de saúde que o impediram de continuar o papado. Segundo padre Ivan, foi diferente do modo como outros papas conduziram sua renúncia ao longo da história.

“Foi uma grande contribuição e sua presença tinha também influências na Igreja. Veja quantas vezes o papa Francisco foi consultá-lo, perguntá-lo determinadas questões. (...) Ao mesmo tempo em que essa ausência vai fazer falta, penso que o que ele deixou para nós será eterno, e o que é eterno não passa”, afirma.

Fortaleza,CE,Brasil, 04-05-2017: Ivan de Souza, padre, fala sobre os 100 anos das aparições de Fátima. (Foto: Mateus Dantas / em 04-05-2017))
Fortaleza,CE,Brasil, 04-05-2017: Ivan de Souza, padre, fala sobre os 100 anos das aparições de Fátima. (Foto: Mateus Dantas / em 04-05-2017)) (Foto: MATEUS DANTAS, em 04-05-2017)

Na opinião do pároco, Bento XVI sempre foi “muito lúcido nas questões, sobretudo nas grandes questões mundiais”, inclusive no que diz respeito a escândalos como o abuso sexual de menores de idade dentro da Igreja Católica e as denúncias de corrupção na gestão do Banco do Vaticano.

“Essas questões não são tão fáceis, e o papa Bento trata com muita seriedade. (...) Isso para dizer que essa Igreja é santa, mas ela é pecadora e ela precisa ser transformada, precisa ser mudada. (...) Quando o papa Bento já vai tocando nessas questões, Francisco assume com todas as letras esse trabalho para dizer ‘olha, queremos uma administração melhor, queremos um mundo mais transparente, queremos um mundo em que a Igreja seja um sinal de Deus na alegria ou na tristeza'”, pontua.

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