Mudança de atendimentos de urgência na região da Barra do Ceará confunde pacientes
Mesmo diante do alto fluxo de casos emergências, UPAs não apresentaram lotação na tarde de quarta, 21. O objetivo da Secretária de Saúde é ampliar a ação para outros hospitais da CidadeUm dia após mudança nos hospitais Nossa Senhora da Conceição (HDNSC) e Gonzaga Mota da Barra do Ceará (Gonzaguinha da Barra), em Fortaleza, alguns pacientes que residem nas proximidades das unidades de saúde ficaram confusos quando buscaram consultas nessa quarta-feira, 21. Agora, os dois hospitais oferecem atendimento exclusivo a demandas obstétricas e ginecológicas, mas os atendimentos de urgência são direcionados às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Os pacientes do HNSC passaram a ser direcionados aos 37 leitos das UPAs do Conjunto Ceará e Autran Nunes. Já os que moram nas redondezas do Gonzaguinha da Barra precisam se locomover até os 40 leitos presentes nos bairros Vila Velha ou Cristo Redentor.
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Maria Rosimeire da Silva, 50, e a filha, Thaís Nascimento, 20, que precisavam de atendimento obstétrico e ginecológico urgente, chegaram a marcar consulta no HNSC e foram impossibilitadas de entrar. “Nem sabíamos, foram os seguranças, agora, que notificaram a troca”, contou a mãe. “O jeito é ir para as UPAs, né? Acho que a do Conjunto Ceará é a mais perto”, disse Thais.
Caso idêntico aconteceu no Gonzaguinha. Edivania Sousa Silva, de 49 anos, estava com pressão alta na manhã de quarta-feira, 21. Olavo Júnior, seu esposo, foi levá-la ao Pronto Atendimento. Por morarem na Barra, eles acharam pertinente ir direto até o hospital. Ao receberem a notícia, já no local, a opção foi se deslocarem até a UPA do Vila Velha. Olavo conta que eles chegaram às 11h40min e saíram por volta das 13h30min. "Tinham umas 22 pessoas na minha frente", afirmou, na saída da unidade.
Segundo a secretária da Saúde de Fortaleza, Ana Estela Leite, os profissionais da saúde da rede pública foram instruídos a alertar o público sobre a alteração. Além disso, ela pondera que eles devem encaminhar os pacientes que já recebem consultas periódicas e necessitam de internação para serem alocados nos novos leitos disponíveis.
A secretária diz que, mesmo havendo implantação de mais UPAs desde 2012 na Capital, ainda não é possível atender todas as demandas. Sendo assim, ela observa que esta é uma manobra estratégica que prioriza as principais carências dos fortalezenses. “A rede se adequa para conseguir abranger toda a população.”
“Demos o primeiro passo no Gonzaguinha. Já estamos dando passos adiante em busca de aliar os atendimentos destes casos urgentes em outros hospitais. Sabemos, por exemplo, que o IJF, Hospital e Maternidade Dra. Zilda Arns Neumann são alguns que já possuem os mesmos perfis epidemiológicos”, revelou.
Para Wanda Felix Chaves, de 36 anos, que visitou o Gonzaguinha acompanhada da amiga, Célia Maria dos Santos, 46, o local continua sendo referência para as consultas obstétricas de baixa complexidade.
Wanda deu à luz a uma das filhas, atualmente com 5 anos, no Pronto Atendimento do espaço. “Vim aqui algumas vezes. Pari aqui. Continua tudo ótimo". O letreiro com a palavra "Pronto Atendimento" já foi removido da faixa de entrada do Hospital Gonzaga Mota.