Família de cearense que morreu em Portugal faz vaquinha para pagar translado do corpo
Kaio Mota sofreu um infarto em casa e não resistiuO cearense Kaio Wendell Paiva Mota, 35, morava e trabalhava em Portugal há seis meses. Ele tinha planos de levar a esposa e os filhos para o país europeu em busca de mais qualidade de vida. No entanto, na segunda-feira, 19, a família de Kaio recebeu a notícia de que o homem sofreu um infarto e não resistiu. Arcar com os custos do translado do corpo é a nova luta dos parentes, que fazem vaquinha online para arrecadar o dinheiro do serviço.
De acordo com a viúva de Kaio, Diana Lima, trazer o corpo do marido para ser enterrado em Fortaleza custaria cerca de R$ 50 mil. “Tem muitas pessoas ajudando, é com isso que a gente conta. A gente está muito desesperado, porque foi muito difícil. Ele está muito longe da gente”, conta Diana. Caso o dinheiro arrecadado não seja suficiente para o translado, será usado para que Diana, a mãe de Kaio e a irmã viajem a Portugal para velar o corpo.
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“A funerária deu o valor, eles têm essa opção de a gente ir lá velar o corpo, fazer a cremação e trazer as cinzas, fazer um túmulo aqui para ele. Para quando os filhos crescerem poderem pelo menos visitar o túmulo do pai”, diz Diana.
Kaio estava em casa quando sofreu o infarto. Segundo o amigo que dividia a residência em que moravam em Portugal, os dois estavam prestes a sair de casa quando o amigo foi ao banheiro.
“Quando esse amigo saiu do banheiro, viu o Kaio caído no chão, suspirando. Ele virou o Kaio, tentou fazer os primeiros socorros, ligou para a emergência. Chega bombeiro, chega policia, tenta de tudo, mas ele não resistiu”, conta a viúva.
A família recebe as doações por meio da chave Pix no nome de Diana: (85) 99432-8095.
“Ele pensava muito nos filhos”
Diana conta que falava com Kaio todos os dias. O cearense estava trabalhando como auxiliar técnico de instalação de internet, gostando do emprego, falando o tempo todo nos filhos e nos planos para o futuro.
“Na segunda era o primeiro dia de férias dele. Quando eu estava indo trabalhar, cheguei a falar com ele, dei o bom dia de todos os dias que a gente se falava. E no meu intervalo eu saí, minha mãe chega e me dá essa triste notícia”, relata Diana.
Com informações de Bia Freitas/Especial para O POVO