Produtora de eventos é investigada suspeita de aplicar golpes em festas de casamento
No Instagram da profissional há um aviso informando que a empresa foi a falência e que ela está à disposição da Justiça para resolver o prejuízo e reembolso dos clientes
08:00 | Dez. 16, 2022
A Polícia Civil do Ceará (PC-CE) investiga uma produtora de eventos suspeita de aplicar golpes em clientes que contrataram serviços de decoração, aluguel de materiais e até segurança para os eventos. O caso está a cargo da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), que apura ocorrências que envolvem valores superiores a 80 salários mínimos.
Márcio Vandré é uma das vítimas. Ele está com o casamento marcado para o dia 18 de dezembro e contratou os serviços da decoradora que possui mais de 10 anos de experiência na área. Além da decoração, ela ficou responsável pelo buffet, limpeza, segurança e iluminação, afirma o cliente. Ele comenta que desembolsou aproximadamente R$ 15 mil, mas há pessoas que pagaram R$ 40 mil e diversas outras vítimas, a maioria noivas e noivos com casamentos de data marcada.
O drama de Márcio começou em novembro, quando perceberam que a decoradora passou a responder as mensagens com atraso e passar dias incomunicável. Há duas semanas, ele contou ter descoberto que os valores pagos não foram repassados para os fornecedores.
De acordo com Márcio, no último fim de semana, a profissional tinha cinco eventos marcados, no entanto, não compareceu a nenhum. Os clientes que haviam contratado os serviços tiveram que procurar outros profissionais e desembolsaram novas quantias. Foram registrados aproximadamente 13 Boletins de Ocorrência contra a decoradora. Os números podem ser maiores. Márcio aponta que a mulher fez uma série de promoções durante a Black Friday.
No Instagram da Dávila Sá Eventos, Davilaseventos, houve uma publicação informando que as atividades se encerram por motivo de força maior. "Decretamos falência com profunda tristeza por anos de muito trabalho e por não termos mais recursos para seguir a diante", afirma. Conforme a publicação, a empresa diz que está "à disposição da Justiça" para resolver com os clientes e fornecedores a questão dos prejuízos e dos reembolsos.
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