Elmo: como o capacete mostra a importância do investimento em inovação

Para idealizador do capacete, a pandemia mostrou a importância da busca pela inovação na saúde pública

Responsável por salvar a vida de milhares de pacientes com quadros graves de Covid-19, o capacete Elmo foi uma das mais importantes inovações criadas durante a pandemia de coronavírus. O equipamento também foi projetado, confeccionado e distribuído em tempo recorde. Isso só foi possível devido à urgência da situação, que demandava soluções inovadoras e rápidas.

O pneumologista Marcelo Alcântara, idealizador do capacete, defende que seja implementado um sistema permanente de inovação na saúde pública. “Acho que a gente aprendeu que esse é o caminho”, disse o superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP), em visita ao O POVO.

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Para ele, os investimentos precisam continuar para além do período de pandemia. Recursos da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), que tem parcela de 2% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual, e do programa Cientista Chefe são instrumentos para o Estado seguir buscando a inovação, segundo Marcelo.

Em documento com treze propostas para a classe política do Ceará, o comitê de governança da ESP argumenta também por um quadro técnico permanente na escola. “Os projetos precisam dessa garantia de continuidade e de melhoria. E essa é uma decisão política, essencialmente. Nós apontamos, mas a decisão é governamental”, opina Marcelo.

Além disso, o documento frisa a importância do fortalecimento do setor de inteligência, do laboratório de inovação no SUS do Ceará (Felicilab) e do Centro de Inteligência em Saúde do Estado do Ceará (Cisec).

Futuro do Elmo

O capacete Elmo passa pelo processo da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para ser oficialmente incorporado no SUS. Durante a pandemia, mais de 10 mil unidades do Elmo foram vendidas. “Quando ele [o Conitec] faz isso, os secretários e os gestores podem comprar de maneira mais administrativamente segura. Se torna um equipamento que o SUS está dizendo que funciona”, explica o superintendente.

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