Presos que fugiram de viatura foram transportados de forma inadequada, diz sindicato

Sindicato dos Policiais Penais e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará lançou nota apontando que os três fugitivos, condenados por chacina de Quixeramobim, foram tratados como sendo de "baixa periculosidade". A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) destacou que os policiais

O Sindicato dos Policiais Penais e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindppen-CE) denunciou, em nota, um erro na ficha dos presos que fugiram na última sexta-feira, 25.  A falha teria feito com que os detentos fossem tratados como se fosem de "baixa periculosidade", e assim o grupo teria sido transportado de forma inadequada. Ao todo, escaparam na fuga três integrantes de uma facção criminosa no Ceará que são acusados de envolvimento na chacina de Quixeramobim, matança que ocorreu em 2018.

Para o sindicato, essa mudança na ficha pode ter ocasionado a fuga dos três acusados. Porocurada sobre o suposto erro na ficha e o transporte inadequado, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou apenas que os detentos arrombaram a cela do veículo onde estavam e que os policiais penais estavam armados, equipados e passaram por treinamento.

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A Secretaria ainda destacou que os policiais "só perceberam a fuga ao chegarem à unidade prisional", diz a nota da SAP.

De acordo com o Sindppen-CE, os detentos eram considerados de alta periculosidade. Dessa forma, o sindicato aponta que houve um transporte inadequado.  

"O erro no prontuário colocou em risco a segurança e a vida dos policiais penais envolvidos e impediu o uso de escolta qualificada e com o número de escoltantes para maior segurança, o que dificultaria o processo de fuga", afirma nota pública do Sindppen-CE.

O sindicato ainda cita uma instrução normativa que descreve o gerenciamento de etapas programáticas para a efetivação de escolta, inclusive o registro dos escoltantes, escoltados e veículos. A Coordenadoria Especial de Administração Prisional teria sido impedida de realizar o procedimento de escolta com o grupo especial em razão da falta de informações da ficha.

A SAP informou que os três internos retornavam de uma audiência judicial no fórum Clóvis Beviláqua dentro da viatura da Polícia Penal. Izaias Macial da Costa, Mateus Fernandes dos Santos Sousa e Francisco Fábio Aragão da Silva arrombaram a grade da cela do veículo e pularam do carro em movimento, conforme a Secretaria.

As equipes do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP) abriram as buscas para recapturar os foragidos. A Secretaria informou ainda que equipamentos como drones e câmeras termais contribuem nas buscas. Houve a abertura de um inquérito para apurar a conduta dos profissionais.

Criminosos foram condenados por participação em chacina

Os três fugitivos são condenados pela chacina de Quixeramobim. Esse crime aconteceu em 2018 e deixou três mulheres e um homem mortos.  O caso foi registrado no assentamento Irmã Tereza, no bairro Conjunto Esperança.

Os criminosos eram homens encapuzados que estavam em automóveis e atiraram contra as vítimas que estavam em uma casa. O julgamento deles aconteceu na sexta-feira, 25, e resultou na condenação dos três réus por sentenças que, juntas, somam 207 anos. Matheus Fernandes dos Santos Sousa foi condenado a 66 anos de reclusão, Izaias Macial a 70 anos  e oito meses de reclusão e Francisco Fábio Aragão, 70 anos e oito meses de reclusão.

 

 

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