Seminário em Fortaleza aborda origem e aspectos da constelação familiar
Durante três dias, 'Ancestralidades que nos unem' cataloga especialistas cearenses da área e recebe a presença de Elza Carvalho, uma das mais renomadas consteladoras do Brasil
18:56 | Nov. 09, 2022
Para além da terapia, a constelação familiar tem como objetivo reconciliar uma pessoa com o círculo social, de forma a compreender, desde a raiz, quais são os frutos do afastamento ou da exclusão. Para aprofundar o tema, um seminário vivencial chamado "Ancestralidades que nos unem: na teia do viver e conviver" foi promovido pelas consteladoras Sany Rios, Idalice Barbosa e Elza Carvalho — uma das mais renomadas consteladoras do País. O evento tem início nesta sexta-feira, 11, e segue até o dia 13 de novembro, das 15 às 21 horas, no auditório do Mundo Akar, em Fortaleza.
A abertura do evento homenageia a história da constelação e dos consteladores cearenses. O ministrante será o mestre da cultura popular Martônio Holanda. Natural de Sobral, ele traz consigo uma construção cultural e artística que envolve o povo africano, indígena e europeu.
Responsável pela curadoria, Sany também convidou a parceira Idalice para a organização, de forma a expor uma pesquisa intitulada “Caminhos das Constelações Familiares no Ceará”, feita exclusivamente para esta ocasião, revelando quem são os consteladores pioneiros e como começou o movimento das constelações no Estado.
"Estamos sempre no movimento de honrar aqueles que vieram antes. O evento se chama 'Ancestralidades que nos unem' exatamente por isso, porque não podemos trazer Elza Carvalho, uma paulista que mora em Curitiba, sem antes honrar os da casa. Iremos honrar os consteladores cearenses, para que eles possam recebê-la”, destaca Sany.
O sábado, 12, será dedicado à conexão com a ancestralidade, inserida no contexto da Saúde Sistêmica, área na qual Elza Carvalho aprofundou seus estudos acadêmicos com o psicoterapeuta Bert Hellinger, e sua esposa, Sophie Hellinger. No final do dia, uma degustação da biodança será oferecida, por meio do momento "Dançando as Ordens do Amor", às 20 horas, conduzida por Idalice e Mary Campos.
“Quando falamos em saúde, vale lembrar que relacionamentos são a essência mestra das constelações, porque lembra a estrutura familiar”, aponta Elza. Ela exemplifica que “quando temos um filho, e ele está fora do sistema familiar, buscamos ajudá-lo a entender onde isso nasceu e como aconteceu, porque estes conhecimentos abrem portas para descobrirmos quais são as causas”.
A cerimônia de encerramento deste domingo, 13, permeia a conclusão dos ensinamentos da profissional.
Será a primeira visita de Elza a Fortaleza. “Sempre falei ‘quero muito ir pro Nordeste, falar com o povo de lá, encontrar seus consteladores pioneiros, e com quem queira aprender um pouco da prática’. O Nordeste também já vem por uma vontade de conhecer a geografia do local, um colírio para os olhos”.
Os preços dos ingressos variam de R$ 220, nos dias de abertura e encerramento, a R$ 420, na programação de sábado. Para participar dos três dias o valor é de R$ 780. Caso não haja disponibilidade de comparecimento presencial, um log-in com as gravações do seminário ficarão disponíveis por 30 dias.
Serviço
Seminário Vivencial Ancestralidade que nos une: na teia do viver e conviver
Local: Auditório no Mundo Akar, Rua Felipe Nery, 1000 - Guararapes, Fortaleza - CE, 60810-31
Dias: Sexta, sábado e domingo (11, 12 e 13 de novembro)
Telefone: (85) 99971-8505
Inscrição: https://bit.ly/elzaemfortaleza2022
Preços: R$ 220 (sexta ou domingo); R$ 420 (sábado); R$ 780 (os três dias)
Constelação familiar no olhar de Elza Carvalho
Conforme a profissional, referência da constelação pelos seus vídeos e premiações mundo afora, “as relações familiares precisam ser consideradas a base”. “Constelação mexe com a base, e quando digo mexe, quero dizer que oferece oportunidades”.
Há cerca de duas décadas inserida no grupo dos pioneiros da constelação familiar no Brasil, ela traduz seu encanto pela área ao fato de fortalecer as pessoas. “É o jeito, forma, método, é, principalmente, um caminho, que te leva de volta àquilo que, às vezes, a gente abandonou”, define.
Para ela, a constelação é algo simples, mas que não deve ser tratada como uma fórmula pronta, ou expressa. “Cada caso é um caso, cada um de nós tem um sistema familiar diferente do outro, então é preciso responsabilidade, e postura, por parte dos profissionais.”
A professora acadêmica ainda revela que os conhecimentos acerca das constelações podem ser aplicados em diversas áreas, como da família, da educação, da saúde, empresarial e organizacional.
Tratamento da depressão
A saúde emocional, segundo Elza, é uma das primeiras coisas que as constelações potencialmente conseguem recuperar. Quando a depressão é colocada em pauta, “as pessoas precisam ser olhadas de volta”.
Elza pondera, porém, que, em nenhum momento, devem ser descartados os remédios para o auxílio da doença. “Não substituiremos a medicina. Nosso trabalho é a medicina integrativa, incluímos tudo”.