Análise de celular de chefe de facção já resultou na prisão de 19 pessoas
As mais recentes prisões ocorreram na terça-feira, 11, quando três pessoas foram presas suspeitas de receber valores oriundo de crimes cometidos por João Vitor dos Santos e sua companheira Valeska Pereira Monteiro, a Majestade
22:05 | Out. 16, 2022
Desde que o celular de João Vitor dos Santos, apontado como liderança da facção criminosa Comando Vermelho (CV), foi apreendido, em agosto de 2021, 19 pessoas já foram presas após a análise dos dados encontrados no aparelho.
As mais recentes prisões ocorreram na terça-feira, 11, quando três pessoas foram presas, em Fortaleza, suspeitas de receber valores oriundos das práticas criminosas de João Victor e sua companheira, Valeska Pereira Monteiro, conhecida como Majestade.
São eles: Macevânia Pereira Monteiro, mãe de Valeska; Daniel Gonçalves Pereira e Rosiane de Sousa Gonçalves, tios de Valeska. Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos aparelhos celulares, maquinetas de jogos de azar, valores em espécie, um veículo e uma motocicleta.
"Os objetos apreendidos passarão agora por análise, e outras medidas cautelares serão representadas no momento oportuno", informou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Valeska Pereira Monteiro foi presa em agosto de 2021 em Gramado (RS), ocasião em que o celular de seu companheiro foi apreendido. A mulher é suspeita de ser a responsável pelas finanças do CV.
Operação Anullare e o celular de Majestade
A partir dos dados encontrados no celular de Majestade, a Polícia Civil deflagrou aquela que foi considerada a maior operação contra uma única organização criminosa da história do Estado. A operação Anullare cumpriu 358 mandados de prisão preventivas contra chefes de pontos de vendas de drogas do CV.
Já João Vitor é apontado como liderança da facção na região da grande Messejana. Conforme a Draco, ele é "'mentor direto' de inúmeros ataques criminosos direcionados a uma recém-criada organização criminosa denominada de 'Massa Carcerária', este que seria composta por ex-membros da Orcrim Comando Vermelho, que teriam rompido com a referida facção e estaria em disputa direta por conquista e manutenção de territórios para o controle do tráfico de drogas nas regiões em destaque".
Conforme dados da operação Saturnália, João Vitor está foragido no Rio de Janeiro.