Dia Mundial sem Carro: Fortaleza recebe nova ciclofaixa na avenida Lineu Machado
Ciclofaixa fica localizada entre a avenida Carneiro de Mendonça e Rua Júlio Braga e conta com 1,9 quilômetro de extensão. A infraestrutura liga os bairros Jóquei Clube, Henrique Jorge e João XXIII
21:00 | Set. 22, 2022
Nesta quinta-feira, 22, Dia Mundial sem Carro, uma nova ciclofaixa foi implementada na avenida Lineu Machado, no bairro Jóquei Clube, em Fortaleza. São quase 2km de faixa para bicicletas entre as avenidas Carneiro de Mendonça e a rua Júlio Braga. Com a implantação, Fortaleza passa a ter 416,4 km de malha cicloviária, sendo 130,9 km de ciclovias, 272,2 km de ciclofaixas, 11,7 km de ciclorrotas e 1,7 km de passeio compartilhado.
Os dados da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) e representam um crescimento de 507% em comparação a 2012, quando se contabilizava apenas 68,6 km.
De acordo com o prefeito José Sarto, a atual gestão já realizou 70 quilômetros de ciclofaixa na Capital, com objetivo de garantir os deslocamentos seguros dos ciclistas. A expectativa é que sejam entregues, até o final de 2024, o total de 500 quilômetros de malha viária para bicicletas em Fortaleza.
“Essa política iniciou-se em 2012 com a gestão do ex-prefeito Roberto Cláudio e a gente dinamizou. Só na nossa gestão, a gente já fez mais do que o que tinha sido feito até 2012. O principal é estimular a mobilidade e facilitar a vida de quem trabalha na bicicleta, porque 51% da população moram a 300 metros de uma ciclofaixa”, disse o gestor.
O superintendente da AMC, Antônio Ferreira Silva, destaca a segurança que os equipamentos trazem aos ciclistas. “A ciclovia já protege 100%. A nossa ciclofaixa tem balizadores e ela está dentro do manual de sinalização. Os espaços hoje do sistema viário estão sendo divididos igualitariamente. A nossa cidade não está mais sendo pensando só para o carro”, pontuou.
Pesquisa Origem-Destino
Ainda conforme o superintendente, os critérios de implantação das ciclofaixas foram feitos a partir da Pesquisa Origem-Destino domiciliar, destacada como principal ferramenta de planejamento da mobilidade urbana. A Pesquisa, conforme Antônio, foi feita em Fortaleza em 2019 e analisou como o cidadão se desloca pela Cidade.
“Nós sabemos aonde fazer os 500 quilômetros de infraestrutura viária por que nós temos as vias que mais passam bicicleta e quais são as vias que precisam de uma ciclovia ou ciclofaixa ou de uma ciclorrota”, explica Antônio.
Conforme a AMC, para definição de quais vias escolhidas para receberem infraestrutura cicloviária são usados diversos critérios: número de ciclistas, quantidade de sinistros, conectividade, acesso, hierarquia viária, análise da estrutura viária e largura da via.
Segurança viária
Quem depende da bicicleta para ir e vir na Cidade reconhece que mais um equipamento destinado apenas aos ciclistas fortalece a segurança. É o que destaca o militar Guilherme Matos, 25.
“Todo dia pela manhã e pela tarde eu pego esse percurso para ir para casa e para o trabalho. O fato de ter aqui uma ciclofaixa delimitando a nossa área é mais seguro, torna mais prática a nossa vida e nos livra de acidentes, disse.
O vendedor de lanche João Ricardo, 56, que tem a bicicleta como seu meio de transporte e local de trabalho, faz o trajeto da avenida Lineu Machado diariamente. Para ele, a implantação da infraestrutura é uma forma de respeito aos ciclistas. “Isso é importante porque é para gente. Você sabe onde andar e com mais segurança”, pontua.
Redução de mortes
De acordo com a AMC, na década de 2000, a quantidade de ciclistas que perderam a vida no trânsito anualmente variava entre 60 e 70 vítimas fatais.
Em 2020 e 2021 foram 14 e 15 ciclistas vítimas fatais, respectivamente. "Uma redução de mais de 75%”, compara o superintendente da AMC.
Ainda de acordo com Antônio, os próximos avanços na malha viária em Fortaleza serão destinados aos trabalhos executados na Av. D, no bairro José Walter.