Feira reúne artesãos cearenses e do Brasil no Centro de Eventos do Ceará

Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce) está no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, desde o dia 16 de setembro, com encerramento neste domingo, 25

A quarta edição da Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce) reúne artesãos cearenses e de outras cinco regiões do País no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, desde a última sexta-feira, 16. Com entrada solidária por meio de dois quilos de alimentos, sendo aberta ao público, a exposição se encerra neste domingo, 25, às 21 horas.

No total, 85 estandes de artesãos do Estado estão em exposição no local por meio da Central de Artesanato do Ceará (CeArt), juntamente com a Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS). Os espaços são fornecidos para artesãos individuais, associações e grupos produtivos artesanais de diferentes regiões do Ceará.

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Já os artesãos de outras regiões do Brasil estão distribuídos em 288 estandes, com apoio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), do Governo Federal. A feira acontece de 15 às 21 horas de segunda à sexta-feira e das 10 às 21 horas durante o final de semana. Os alimentos arrecadados serão destinados aos programas Mesa Brasil Sesc e Mais Nutrição, do Governo do Estado.

Incentivo ao artesanato cearense

A feira promove a valorização do artesanato cearense por meio da Galeria Cariri, reunindo 58 peças de arte popular de 25 artesãos de madeira da região cearense, que foram selecionadas por curadores da CeArt e são disponibilizadas para venda no local. O espaço conta com projeção nas paredes de imagens e fotos da Chapada do Araripe, localizada na região do Cariri.

Vindo do Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, a 29,9 km da Capital, Flávio Teles Cardoso levou seus trabalhos feitos com couro e metal para a Fenacce pela primeira vez. "Independente da função, o conteúdo artístico, estético e histórico estão em evidência em cada traço das peças (...) O metal e o couro se fazem presentes em uma diversidade de possibilidades, como as apresentadas aqui no estande", explica.

Trabalhando com madeira, José Everaldo Ferreira veio de Juazeiro do Norte, a 489,2 km de Fortaleza, para expor suas peças também pela primeira vez na feira. O artesão já expõe semanalmente seus trabalhos em sua cidade natal, junto com outros seis artesãos, no espaço intitulado Três Marias Cariri. "Aqui está muito bom, estou vendendo bem e todos estão gostando", pontua.

Da comunidade Jirau, no Aracati, a 147,3 km da Capital, Maria de Fátima de Oliveira também aproveitou a oportunidade para expor seus trabalhos feitos com fibras vegetais pela primeira vez na Fenacce. A artesã faz parte do grupo Carnaúba da Arte, que foi fundado há mais de 30 anos por sua mãe, Maria das Graças, inicialmente com 20 mulheres que trabalhavam com artesanato.

Para além das regiões cearenses, Antonieta Sabino da Silva, de nome indígena Kariãny, pertencente ao povo Hunikui, veio do Acre para expor seus trabalhos feitos com pedrarias. A feira possibilitou que a artesã viesse pela primeira vez ao Ceará. "Trouxe meus artesanatos indígenas do povo Hunikui. Estou achando fantástico e uma maravilha. As pessoas devem vir conhecer nossos produtos", convida.

Com a intenção de apreciar a exposição, Maria Zeuza, de 70 anos, compareceu ao quinto dia da feira para contemplar os trabalhos dos artesãos. Assim como ela, Thiago Sousa Costa, de 29 anos, também esteve no local por admirar e fazer uso de trabalhos artesanais. "Eu gosto da parte de decoração, mas meu foco são acessórios que eu possa utilizar em mim", explica.

As estudantes de Design de Moda Yasmin Pereira, de 21 anos, e Raina Holanda, de 22 anos, também foram ao quinto dia de exposição para aprimorar seus conhecimentos ligados à moda. "Nosso curso abrange diversas áreas, principalmente essa de conhecer o nosso país, a nossa cultura e o nosso artesanato. A feira vai agregar demais na nossa trajetória, ajudando a criar nossas ideias", pontua Raina.


Oportunidade e aprendizagem

A coordenadora do Artesanato do Ceará, Patrícia Liebmann, explica que a CeArt, que possui aproximadamente 40 mil artesãos do Estado cadastrados, se mobilizou para trazer os profissionais para a quarta edição da feira. "Eles podem ter visibilidade, oportunidade de venda e de aprendizado. Aqui, eles também podem participar de oficinas e palestras", pontua.

Durante os dez dias da feira, estão sendo oferecidas 44 oficinas gratuitas de diversas técnicas artesanais, sendo ministradas por artesãos do Ceará e por profissionais convidados de outros estados. Assim, as oficinas, juntamente com as palestras, têm o objetivo de estimular o ensino de técnicas de artesanato com as riquezas de diferentes regiões.

Programação

Quarta-feira, 21/09:
- 10 horas - Encontro CeArt de Artesãos do Brasil com José Argotty
Inscrição: https://forms.gle/QTKYZ6tTtN7SMhLA7

Quinta-feira, 22/09:
Roda de Conversa com designers

Sexta-feira, 23/09:
16h - Design e Artesanato - Palestra com Pedro Franco
Oficinas de "Expressão Indígina" e "Montagem de Biojóias", do Mato Grosso do Sul

Sábado, 24/09:
Oficinas "Pêssankas de Santa Catarina" e "Cerâmica em Bijuteria", de São Paulo

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