Fortaleza: Policiamento é reforçado em três bairros após supostas ameaças de invasão em escolas
Não foram constatadas invasões, e a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social classifica o caso como boato. Aulas foram mantidas, de acordo com a Secretaria da Educação do Estado. Caucaia também recebeu reforçoA Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social reforçou o policiamento nos bairros Genibaú, Autran Nunes e Conjunto Ceará, em Fortaleza, e em Caucaia, após ser acionada por ligações para a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) sobre supostas ameaças de invasão em escolas dos três bairros e da cidade na Região Metropolitana de Fortaleza, nesta terça-feira, 30.
A Aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) esteve nas áreas dos bairros, mas não foram constatadas invasões, e o órgão classifica o caso como boato. A Secretaria da Educação informou que as aulas foram mantidas.
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O secretário da Segurança, Sandro Caron, esteve na área do Genibaú com forte aparato policial. Segundo Caron, o reforço policial foi acionado para a população ter sensação de segurança. Em Caucaia, foram acionados agentes para o bairro Marechal Rondon e o distrito de Jurema.
"Nós queremos fazer uma saturação para que o cidadão veja o aparato", informou. Após verificar a real situação do caso, o secretário relatou que as mensagens foram difundidas por alguns perfis e eram informações falsas.
"Infelizmente, foi difundido por alguns perfis em redes sociais e tomou proporção grande entre pais, diretores e alunos. Não havia nada daquilo, e na verdade se espalharam fake news. Crianças e jovens perderam aulas e se espalharam outras histórias referentes a tiroteio. Fomos checar in loco que não houve tiroteio", diz.
O secretário da Segurança pede para que quando for recebida alguma mensagem em rede social, as pessoas tenham cuidado ao compartilhar.
"[Anteriormente] Tivemos boatos de ataque a escolas em Fortaleza e em Palmácia, e a nossa postura é mandar a Polícia Militar, Polícia Civil e levar a sério. Verificado que não procede é identificar e responsabilizar os jovens que espalharam o boato. O perfil que difundiu, ele publicou um esclarecimento de que não procede e pedindo desculpas", destacou.
Indagado sobre uma possível motivação para os supostos ataques, o gestor informou que trabalha com o que há de concreto.
Por meio de nota, a Seduc explicou que a Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor) manteve as aulas nas unidades de ensino.
"Não houve identificação de casos de violência nesses ambientes. A Polícia foi comunicada a respeito dos boatos. Os pais e responsáveis que solicitam liberação dos alunos são atendidos", acrescenta.
Crime de trote
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que o Comando para Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac) foi acionado para suposta denúncia de apologia ao crime, direcionadas a uma instituição de ensino no bairro Conjunto Ceará.
No local, nenhuma ação criminosa foi identificada, mas o caso é acompanhado pelas forças de segurança. A SSPDS informou ainda que passar trote é um crime previsto no Código Penal Brasileiro, com pena de um até três anos.
"De forma preventiva, as equipes policiais atuam no local com a presença de composições do Policiamento Ostensivo Geral (POG), do Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) e do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque) da PMCE. O 12º Distrito Policial, da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), segue à frente das investigações em torno do caso. Ações de inteligência também estão em andamento na região", completa a nota.
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