Maracatu e comida com gostinho afro-brasileiro no Complexo das Artes
Todos os domingos, das 9h às 12h, o Complexo Cultural Estação das Artes Belchior abre gratuitamente para mercado de alimentação e atrações culturais
14:51 | Ago. 21, 2022
O coro de vozes acompanhando o Maracatu Solar e fazendo o chão vibrar com o batuque e a dança encerrou a manhã deste domingo, 21, no Complexo Cultural Estação das Artes Belchior, no Centro de Fortaleza. Todos os domingos, das 9 horas às 12 horas, o espaço recebe pequenos empreendedores e disponibiliza atrações musicais e infantis.
Dessa vez, a temática estava relacionada à África: no setor da alimentação, empreendedores que vendiam acarajé, mungunzá e outras comidas de origem afro foram selecionados para o final de semana. Já para animar a festa, das 11h às 12h, o Maracatu Solar participou, incluindo a apresentação de dança de personagens emblemáticos do cortejo em homenagem à coroação de uma rainha negra, incluindo porta-estandarte, calungueira, rainha, rei e o balaieiro.
Todo domingo a temática muda, influenciando os estandes da tradicional feira gastronômica e agroecológica do Mercado AlimentaCE. Os empreendedores que quiserem vender no espaço devem solicitar um formulário de inscrição pelo e-mail mercado.alimentace@institutomirante.org .
“O espaço é muito lindo, tudo novinho. Bem arejado. É muito gostoso de estar aqui, além de estar com criança, né?”, descreve Priscila Cardoso, 28, em primeira visita ao complexo após a inauguração. Acompanhada da sobrinha, do irmão, da cunhada, dos pais e do marido - quase não faltou membro da família no passeio -, Priscila destaca o espaço para as crianças pintarem com tinta guache em papel craft, no corredor da antiga Estação João Felipe.
Durante a apresentação do Maracatu, inclusive, as crianças mal conseguiam ficar quietas. Queriam acompanhar a coreografia, dançar com os pais ou simplesmente ficar sentados admirando, hipnotizados, a movimentação. No espaço de pinturas, a oportunidade de interagir com outras crianças também as motivava a tirar os sapatos e correr pelo complexo ou dançar ao som das músicas selecionadas pela DJ Ana Mundim, flutuando entre a música house e outras brasilidades.
Apesar das novidades semanais e das primeiras vezes de muitos fortalezenses no espaço, algumas figuras são constantes. Uma delas é o artesão e vendedor de dindin Marcos Dadá, acompanhado da cachorrinha Lua, de oito meses. Quem entra na área de alimentação não custa a ver Lua na bicicleta modificada, pronta para receber o carinho de quem estiver disposto a oferecer.
Mansa e de pelos macios, Lua é atração entre os funcionários do complexo e os clientes. Assim como o dindin vendido por Dadá: vegano, usando frutas naturais e rapadura para adoçar, custa apenas R$2,50. Na bicicleta, ele também vende artesanatos feitos em vinil, com artes e frases diversas.