Nove pessoas são presas em operação contra esquema de falso financiamento em Fortaleza

Sete homens e duas mulheres foram autuados em flagrante por estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa

A 5ª fase da operação "Consórcio Contemplado", que resultou na prisão de nove pessoas, em flagrante, desarticulou um grupo envolvido em um esquema fraudulento de captar vítimas para um suposto financiamento de veículos ou imóveis. A promessa é de entrega em poucos dias, mas as vítimas eram enganadas e assinavam um contrato de consórcio. As prisões aconteceram na noite dessa quarta-feira, 10, no bairro Aldeota, em Fortaleza.

O alvo desse grupo seria o de pessoas de baixa renda e que desejavam ter um carro ou casa própria. O anúncio prometia juros baixos e a entrega em poucos dias depois do pagamento da entrada. No entanto, as vítimas assinavam um contrato de consórcio.

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Depois de alguns dias, as vítimas reclamavam e pediam o valor da entrada de volta, mas o grupo informava que seria necessário pagar uma multa rescisória que era similar ao valor que as vítimas haviam pago.

As prisões aconteceram durante o trabalho no escritório, no bairro Aldeota. Documentos, celulares e computadores foram apreendidos na ação. Sete homens e duas mulheres foram encaminhados à Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), onde foram autuados por estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro associação criminosa.

Conforme o delegado Carlos Teófilo, foram ouvidas na Especializada quatro vítimas, mas a Polícia Civil encontrou aproximadamente 300 contratos. Só nos primeiros 10 dias de agosto o valor recebido por eles foi de R$ 1,6 milhão.

Os presos preferiram ficar em silêncio. Eles ocupavam cargos de chefia na empresa. Como era dividida em setores, cada setor possuía um chefe. Supervisores, coordenador e o administrador também estão entre os detidos. Além dos nove presos, outras 54 pessoas trabalhavam como vendedores. Esses foram identificados e serão ouvidos na delegacia. "Todas as provas mostraram o golpe, então optaram por permaneceram em silêncio conforme direito constitucional deles", informou o titular da DDF. 

Segundo o delegado Carlos Teófilo , a empresa utilizava nomes como Confiar Administração de Consórcio, Confias Consórcio, WD Soluções Financeiras e atualmente Evolves Consórcios. No entanto, há uma lista de nomes com a equipe da Delegacia de Defraudações e Falsifações, que será checada. O POVO entrou em contato com a Evolves Consórcio e foi informado que "o setor jurídico está nas tratativas".

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