Moradores do Jangurussu participam de ação social

Na manhã desta sexta-feira, 29, o Projeto Acolher, da SPS, ofertou serviços como a emissão gratuita de documentos, além de atividades lúdicas voltadas para o público infantil

Um mutirão de ações sociais foi realizado na manhã desta sexta-feira, 29, no residencial José Euclides, no bairro Jangurussu, em Fortaleza. Serviços como a emissão gratuita de documentos para quem não possui RG e CPF foram realizados durante a manhã e parte da tarde, pelo Projeto Acolher.

Em meio à grande procura pelos serviços, uma das pessoas assistidas pela ação foi Rosangela Alcides, 39, que trabalha em uma mercearia no conjunto habitacional. Ela explica que foi até o local para tirar a segunda via da carteira de identidade dela.

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"Vivemos em uma situação que tudo é difícil pra gente. Estava com um probleminha na minha certidão de nascimento, mas já resolveram. Tudo deve ficar mais fácil agora", relata Rosângela.

No local, além do auxílio para emissão de RG e CPF, a ação também ofertava atendimento assistencial voltado à política sobre drogas e contava com o Centro de Referência de Direitos Humanos.

De acordo com a secretária Onélia Santana, titular da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), a ação também possui o intuito de analisar a região para investimentos futuros.

"A ação serve pra gente visualizar os terrenos e observarmos o que pode ser melhorado. Sabemos que aqui moram mais de três mil famílias. No total, são mais de 13 mil pessoas. É uma cidade que precisa dessa injeção de políticas públicas", destaca.

Para Sérgio Farias, liderança comunitária da região, a ação realizada pelo Governo do Estado é positiva, mas é preciso que haja uma continuidade. Ele destaca que o residencial é rico em cultura, mas que a população sofre com a falta do básico.

"É um residencial que é maior do muitas cidades no Estado, mas sofremos com um vácuo de políticas públicas. Estamos discutindo coisas como a implantação do CEP. É ótimo que esse tipo de ação chegue aqui, mas não pode ser algo pontual."

De acordo com a defensora pública geral do Ceará, Elizabeth Chagas, o principal atendimento prestado no local diz respeito à questão das moradias. "Aqui são mais as questões de regularização de documentos, questões sobre entrega das chaves, além de casos de pessoas que entraram depois no residencial", destaca.

Serviços de saúde

Durante a ação também foram ofertados cortes de cabelo gratuitos e atividades lúdicas para crianças. Quem buscava atendimentos em saúde foi contemplado com a atualização do ciclo de vacinas, curativos, testes de Covid, além da aferição de pressão arterial e glicemia.

A dona de casa Joselena Souza, 46, conta que soube do mutirão por meio de anúncios dos gestores da cozinha comunitária do bairro. Ela explica que não possui nenhum problema com os documentos, mas que foi até o local para mudar a rotina do filho de 3 anos. "Tá tendo essa ação de pintura e de desenho, espero que voltem mais vezes porque isso faz bem pra eles", opina.

De acordo com a Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), a ação realizada no José Euclides já é a nona intervenção realizada pelo projeto.

No total, a iniciativa já realizou 2.024 atendimentos, em diferentes serviços, e cadastrou 293 famílias em situação de rua, conforme a nota da SPS. A próxima ação da pasta será realizada no residencial Cidade Jardim, no bairro José Walter, na próxima sexta-feira, 5.

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