Passageiros são conscientizados sobre uso de máscaras em ônibus e terminais em Fortaleza
Cerca de 200 máscaras foram distribuídas nesta quinta-feira, no terminal do Antônio BezerraAções de conscientização para estimular o uso de máscaras de proteção contra Covid-19 estão ocorrendo nos terminais de ônibus de Fortaleza. A Empresa de Transporte Urbano (Etufor) e a Agência de Fiscalização (Agefis) distribuíram nesta quinta-feira, 21, máscaras e álcool em gel para os passageiros que transitavam nas dependências do terminal do Antônio Bezerra. O uso do equipamento continua obrigatório em ambientes como terminais de ônibus, transporte coletivo e equipamentos de saúde (hospitais, clínicas e Unidades de Pronto Atendimento). Cerca de 200 máscaras foram distribuídas.
Francisco Lopes, 36, era um dos passsageiros sem máscara no terminal do Antônio Bezerra nesta manhã. “Meu ofício é na cozinha, lá a gente usa máscara direto, mas fora da cozinha, eu confesso que relaxei. Faz duas semanas que eu estou andando sem máscara. A gente confia que já tomou todas as doses disponíveis e relaxa no uso da máscara. O ser humano é teimoso, né? Enquanto isso, os casos estão aumentando”, disse.
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O uso de máscara em locais fechados e espaços abertos com aglomeração segue recomendado no Ceará. A iniciativa nos terminais é de cunho educativo. A distribuição das máscaras e cartazes são realizadas a partir das 7 horas. Durante toda a semana, há um revezamento da atividade para os demais terminais. Ações semelhantes já ocorreram nos terminais do Papicu, Parangaba e Siqueira.
Quem não abre mão do uso da máscara é a funcionária pública, Lúcia Gadelha, 65. “Semanalmente eu costumo fazer o teste de Covid-19. Além disso, estou sempre de máscara independente do ambiente, aberto ou fechado. Eu uso a máscara não somente por obrigação, mas para me prevenir e não transmitir nada. Eu acho que essa ação é importante, mas também acho que isso deveria ser expandido. Eu tenho medo de essa doença voltar com a mesma força de antes. Morreu muita gente próxima por causa da Covid-19.”
Alguns passageiros não sabiam da obrigatoriedade do equipamento e foram pegos de surpresa com a ação. Foi o caso de Paulo Arlen, 32, segurança pessoal: “Eu sabia que a máscara havia deixado de ser cobrada como algo obrigatório, desde então não sabia que tinha retomado. Sobre a ação, eu acho importante para haver uma maior conscientização, mas acho que precisa ser maior. "
"É contraditório exigir máscara aqui, e deixar shopping, restaurante e bar livres. Ninguém em Fortaleza circula mais com máscara. A Covid-19 deixou de ser o foco atualmente, e o pessoal está meio largado, não tem mais medo de pegar a doença”, avaliou Paulo.
Em conversa com O POVO, agentes que atuaram na operação disseram que há vários tipos de respostas por parte das pessoas abordadas. "Uns recebem as máscaras, mas guardam ou jogam no lixo, decidindo desrespeitar a obrigatoriedade. Outros são mais agressivos e não aceitam nossa orientação. Mas também tem gente que põe a máscara certinho quando é orientado", disse uma agente que preferiu não divulgar o nome.
Para David Bezerra, presidente da Etufor, os esforços nos terminais a fim de garantir o combate à Covid-19, como fornecimento de álcool em gel, continuam. “Esta força-tarefa se faz necessária tendo em vista a flexibilização do uso da máscara, que permanece obrigatória no transporte coletivo.”
O superintendente-adjunto da Agefis, Neuvani Vasconcelos, reforçou que a operação visa educar e não punir. “A Agefis tem atuado incessantemente ao longo desses dois anos pandêmicos, tanto no sentido de coibir práticas que afetem a saúde pública, como na promoção de políticas que visam o bem-estar da população”, acrescentou.