Após dois anos suspenso, volta do Festival Halleluya atrai multidão em Fortaleza

Evento foi aberto com a tradicional celebração eucarística, nesta quarta-feira, 20. Programação segue até o próximo domingo, 24

Uma multidão de fiéis lotou o pátio central do Condomínio Espiritual Uirapuru (CEU), em Fortaleza, na noite desta quarta-feira, 20, para acompanhar a missa de abertura da 24ª edição do Festival Halleluya. A celebração marcou a retomada presencial do evento religioso, após dois anos de suspensão devido às restrições da pandemia. Promovido pela Comunidade Católica Shalom, o festival reúne shows musicais, fé e solidariedade em cinco dias de programação. Neste ano, os organizadores esperam público superior a um milhão de pessoas.

No início da celebração eucarística, presidida pelo padre Antonio Furtado, uma demorada salva de palmas simbolizou a gratidão dos fiéis pelo retorno da festa religiosa depois de duas edições em formato 100% online. “Como fez falta o Halleluya [presencial] nesses últimos dois anos. Graças a Deus estamos aqui nesta noite. Bendito seja Deus por isso”, louvou o sacerdote. O reencontro com o público, acrescentou o padre, “é motivo de graça e muita adoração ao Senhor”.

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A celebração reuniu católicos de todas as gerações. A dona de casa Augusta Barbosa de Souza, 70, participa do evento desde a primeira edição, realizada em 1997. Ela diz que voltar ao festival após dois anos de suspensão ajuda a preencher um vazio com o qual nunca imaginou ter que lidar. “Nunca pensei que um dia, enquanto viva, não iria ver o Halleluya acontecendo. E isso, infelizmente, foi a marca triste dessa pandemia em 2020 e 2021”, lamentou.

A tristeza, conta ela, foi amenizada com a esperança de que um dia o retorno pudesse acontecer. “Eu estava pedindo a Deus que esse dia chegasse novamente. Só tenho a agradecer a ele por estar viva, com saúde e podendo viver isso aqui de novo”, comemorou. Se para a idosa o evento é parte da sua jornada de devoção católica há mais de duas décadas, tudo ainda é novidade para a estudante Gabriela Monte, 17, que participa do festival pela primeira vez. “Eu esperei muito por esse momento”, diz ela.

Incentivada pela madrinha, ela começou a fazer parte de grupos de oração durante o período mais restritivo de isolamento social. Foi através dos encontros que a adolescente teve contato com os organizadores do evento e decidiu, não só participar, mas também ajudar na organização. “Desde o começo do ano, eu falava: —mãe, esse ano eu vou pro Halleluya com minha madrinha. Aí quando chegou o tempo e eu fui convidada para servir, quase morro de felicidade”, contou.

Missionária da Comunidade Católica Shalom há mais de quatro anos, Cláudia Monte, 48, não esconde a emoção de voltar ao evento após o período de suspensão. “Estar aqui depois de tudo que a gente passou, causa uma explosão de emoções. Tem gente que espera o ano todo por uma festa… Pois bem, o Halleluya, para mim, é essa grande festa”, compara. Cláudia está entre os cerca de quatro mil missionários envolvidos diretamente na organização do festival.

Com mais de 50 horas de programação musical, o evento é considerado a maior festa católica da América Latina. Na arena onde os shows acontecem, uma grande estrutura foi montada. O espaço conta com dois palcos, lounge, stands comerciais, praça de alimentação e até área exclusiva para a prática de esportes radicais, como skate e bicicross.

Tatiane Rodrigues, integrante da comissão organizadora, destaca que o formato do evento é planejado de modo a incluir o público de todas as idades. “Aqui nós temos um verdadeiro complexo de atividades, vai muito além dos shows”, ressalta. Segundo ela, o planejamento da festa começa com, no máximo, quatro meses de antecedência. “É um evento muito grande, que demanda um esforço grandioso”, explica.

Neste ano, assim como nas edições anteriores, o festival firmou parceria com o Hemoce para arrecadar bolsas de sangue durante os dias de programação. Em 2019, mais de 1,1 mil bolsas de sangue foram coletadas. Com um estande adaptado para atender até 250 pessoas por dia, a meta agora é conseguir, pelo menos, a mesma quantidade do ano passado.

A programação segue até o próximo domingo, 24, com entrada franca. Nesta quarta-feira, 20, após a missa de abertura, a festa foi comandada por Suely Façanha, Diego Fernandes e Thiago Brado. Ainda estão previstas as apresentações de artistas e grupos consagrados no cenário musical católico, a exemplo do Padre Fábio de Melo, que sobe ao palco na sexta-feira, 22, e da banda Rosa de Saron, que fará o encerramento oficial do evento.

Confira a programação

Quarta-feira, 20/07: Suely Façanha, Diego Fernandes e Thiago Brado

Quinta-feira, 21/07: DJ Rony, Amor e Adoração, Ziza Fernandes, Ir. Kelly Patrícia e Ministério Adoração e Vida

Sexta-feira, 22/07: DJ Allan, Naldo José, Ana Gabriela, Padre Fábio de Melo e Adriana Arydes

Sábado, 23/07: Ana Clara Rocha e Ítalo Poeta, DJ Angelus, Yuri Costa, Davidson Silva, Missionário Shalom, Sopragod e Cosme

Domingo, 24/07: Ticiana de Paula, André Leite, Irmã Ana Paula e Rosa de Saron

 

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