Profissionais de postos de saúde recebem capacitação sobre atendimento a crianças
Projeto tem foco na capacitação para atendimento de crianças com necessidades especiaisO Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Prefeitura de Fortaleza se uniram para promover o diagnóstico precoce e o estímulo de crianças com atraso no desenvolvimento, autismo e deficiências e doenças raras – entre elas a atrofia muscular espinhal. O projeto conhecido como Unidade Amiga da Primeira Infância (Uapi) já capacitou 337 profissionais de saúde de 116 unidades de saúde da Capital cearense.
Gerly Anne Nóbrega, articuladora do Uapi, em Fortaleza, destaca o impacto do projeto no ambiente de trabalho: “Foi uma capacitação via plataforma online, participaram não só médicos e enfermeiros, mas vários profissionais da saúde. Em relação ao atendimento da criança, é uma capacitação importante porque vai alertar para os cuidados com a criança em todos os setores das unidades de saúde. Até o pessoal que fica na recepção fez a capacitação”, disse.
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De acordo com o Unicef, a ação a qual tem como objetivo o compartilhamento de boas práticas ainda na primeira infância, será implementada até dezembro de 2022 em Unidades Primárias de Saúde (UPS) de mais cinco capitais do País, nos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Rio Grande do Norte.
“A gente realmente tem que dar visibilidade a esse trabalho, para mostrar que é possível fazer, apesar de todas as dificuldades encontradas pelas equipes de saúde no seu dia a dia. Mas é possível fazer um grande trabalho pela primeira infância, seja na saúde ou na educação, que é o caso do Uapi desenvolvido em Fortaleza”, ressalta Tati Andrade, especialista na área de Saúde do Unicef em Fortaleza.
Temas abordados na capacitação
- A atenção integral e integrada da rede de serviços básicos para a primeira infância — incluindo crianças com deficiência, doenças raras e atraso no desenvolvimento;
- Mapeamento e qualificação da oferta dos serviços no município; a educação infantil como proteção contra todas as formas de violência;
- Indicadores de qualidade na educação infantil;
- O olhar para a inclusão e as diversas formas de aprender e ensinar;
“Elas [crianças] precisam de muita atenção, tanto no diagnóstico precoce como no encaminhamento adequado para o melhor tratamento que seja possível. Então a Uapi trouxe essas temáticas para discussão, temas que alguns profissionais nem tinham visto na graduação", conta Tati Andrade.