Antes de matar ex-companheira, homem rendeu vigilantes de onde ela trabalhava

Três armas de fogo e uma faca foram apreendidas com o homem, que atirou na ex-companheira e depois se matou

11:53 | Jul. 06, 2022

Por: Jéssika Sisnando
O casal esteve junto por mais de 15 anos. O relacionamento terminou, e Francisco matou a ex-companheira nesta quarta-feira, 6 (foto: arquivo pessoal/Facebook)

Maria Jocélia Brito, de 39 anos, foi morta pelo ex-companheiro, Francisco Oliveira de Lima Filho, de 38 anos, na manhã desta quarta-feira, 6, no bairro Joaquim Távora, em Fortaleza. O crime aconteceu na avenida Antônio Sales com rua Dona Leopoldina. Antes de matar a ex-companheira, ele foi até o supermercado que a vítima trabalhava e rendeu vigilantes do local.

Jocélia era funcionária de um supermercado e mantinha um relacionamento com Francisco, que era vigilante. Os dois tinham um filho e, nas redes sociais, pareciam um casal feliz. Fotografias e vídeos mostravam os dois na missa, praias e passeios.

No trabalho ela fazia questão de ser fotografada com todos os colegas e comentar sobre as metas que eram alcançadas. Nas legendas, declarações de amor dela que o apontavam como um excelente pai e um marido cuidadoso. Em uma publicação de 2018 ela comemorava 15 anos de casados. "Uma vida de casada é muito bom. Cheia de amor, paciência e companheirismo. Um ajudando o outro, por isso, estou há 15 anos com ele", comentava. 

O amor nas redes sociais foi substituído pela tragédia: o crime de feminicídio, que mata mulheres todos os dias no Ceará. Conforme O POVO apurou, com o fim da união, Francisco foi até o trabalho da ex, ainda na madrugada, e rendeu vigilantes. O homem roubou uma bicicleta e foi para o entorno da casa da vítima, onde aguardou até que ela saísse para trabalhar.

Jocélia estava com a farda do supermercado e trafegava em uma bicicleta. O homem a matou e em seguida se matou. Com ele, a Polícia apreendeu três armas de fogo e uma arma branca. Jocélia deixa o filho, o trabalho, amigos. 

Não há confirmação sobre como ele obteve as armas. A Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do crime.