Praia do Futuro tem boa expectativa para as férias de julho
Local já recebe frequentadores na véspera das férias escolaresUm dos principais pontos turísticos da Capital cearense, a praia deve atrair neste mês de julho maior fluxo de fortalezenses e turistas que buscam uma opção de lazer ao ar livre. A expectativa dos comerciantes e vendedores ambulantes na Praia do Futuro é de que as vendas durante as férias escolares sejam maiores do que o habitual.
Quem frequenta muito a praia sabe que o movimento mais intenso ocorre nos fins de semanas. Para aproveitar o ambiente sem muita aglomeração, os pais Alex Bezerra e Camila Bezerra levaram as três filhas (Ana Júlia, Ana Laura e Ana Beatriz) para tomar um banho de mar na Praia do Futuro nesta sexta-feira, 1º.
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Alex e Camila conseguiram um horário livre no trabalho para aproveitar um dia menos movimentado. “Como houve um período mais intenso de pandemia e logo em seguida o início das aulas, nós aproveitamos o cenário menos instável e as férias das meninas”, diz Alex.
De acordo com Caíque Veríssimo, supervisor de atendimento do complexo de praia Crocobeach, as férias escolares são um dos períodos em que algumas barracas de praia contratam funcionários extras para dar conta dos pedidos. A expectativa é que isso ocorra na Crocobeach.
“Os dois principais períodos do ano para nós, trabalhadores da praia, são este período de julho e de janeiro. Mas a previsão para haver melhora no mercado e do movimento é só na semana que vem e nas duas últimas semanas do mês, próximo ao Fortal”, explica.
A manhã desta sexta-feira, 1º, foi considerada agradável e sem ocorrências no mar para os salva-vidas e bombeiros militares da Praia do Futuro identificados apenas como Victor e Ronnison. “O fluxo maior de pessoas nas praias é nos fins de semana, mas na alta estação a gente costuma dizer que todo dia é fim de semana, por causa das férias e da procura maior por praias”, diz Ronnison.
O sargento Victor explica que a Praia do Futuro tem um terreno mais plano, e isso favorece o banho de mar seguro. “Além disso, a maré está secando pelo menos até 12 horas. Agora, quando a maré virar e cobrir as piscininhas (pequenas escavações naturais ou não), haverá um maior registro de afogamentos que ocorrem principalmente nos terrenos mais escavados. O perigo maior vem após às 13 horas da tarde.”
Medo da Covid-19
Nara Cassandra tem 40 anos e é mãe do menino Felipe, 4 anos. Nesta sexta, 1º, ela e a família resolveram ir à praia. “Agora que o Felipe está de férias, eu quero levar ele mais para ambientes que proporcionem lazer, natureza e socialização. Quero também que ele evite ficar muito na frente das telas. Nossa vontade é ir mais à praia, mas durante a semana, quando tiver menos pessoas, para evitar aglomerações.”
Cassandra diz que a família tem muita preocupação com a contaminação por Covid-19. “Eu e meu marido vamos tomar a quarta dose, mas o Felipe ainda não tomou, porque não tem idade. Minha preocupação com ele [filho do casal] é muito grande, por isso estamos evitando lugares com lotação e resolvemos vir à praia na semana.”
A goianiense Natasha Medeiros, 39, costuma passar todo o período das férias em Fortaleza junto com a filha, Mirela Medeiros. A família paterna de Mirela é cearense.
“Eu frequento Fortaleza há 12 anos. Eu indico para todas as minhas amigas. Este período específico ainda tem gerado preocupação. A família paterna de Mirela pegou Covid-19. Todos estavam doentes e estavam de quarentena até semana passada. Em Goiânia também estamos vivendo algo semelhante. Estamos todas vacinadas, então o cenário é mais brando", avalia ela.
Comércio local
Para quem trabalha com vendas na praia, a situação ainda não é tão animadora. Cândido Júnior, que trabalha na Praia do Futuro com venda de crepes, diz que o movimento ainda está normal para os dias da semana.
“Quando chega sábado e domingo, a movimentação melhora, ainda mais agora com as férias das crianças, da escola. Neste período, os pais vão querer sair mais com as crianças para brincar ao ar livre, na praia”, conta Junior.
A vendedora de roupas Shirley Bernardo concorda: “Você pode ver que, por enquanto, só tem vendedores aqui, mas a gente tem fé que com o mês de férias possa haver uma maior movimentação de fortalezenses e turistas no local”.
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