Motoristas de ônibus fazem nova paralisação e falam sobre greve geral em Fortaleza
Paralisação na manhã desta quarta-feira, 29, aconteceu nas garagens de duas empresas
A categoria de motoristas de ônibus de Fortaleza se mobilizou, na madrugada desta quarta-feira, 29, para votar a continuidade das manifestações em locais de trabalho e preparação para uma greve geral. Os trabalhadores reivindicam melhorias salarias (15,8% no reajuste salarial) e 25% no reajusta no vale alimentação e cesta básica. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro), as mobilizações ocorreram nas garagens da empresa Vega, no bairro Centro e Santa Cecília, no Parque Araxá.
"Os patrões sinalizaram que só querem sentar para negociar com a gente daqui a seis meses. Nós estamos convocando os motoristas para logo, logo nos mobilizarmos em uma greve geral da categoria", afirmou o diretor licenciado do Sintro, Edweyne Martins.
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No dia 21 de junho, a categoria fez paralisação no terminal do Siqueira e dias antes, em 9 de junho, já houve mobilização também no terminal do Papicu. O POVO solicitou mais informações sobre a paralisação e possível greve ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) e à Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e aguarda retorno.
Por meio de nota, o Sindiônibus informou que busca em negociação com o Sintro-CE, mas lamenta não poder conceder aumentos à categoria: "No momento econômico desafiador que atravessa o país, especialmente o setor de transporte, altamente impactado pela alta descontrolada dos preços dos combustíveis, o Sindiônibus busca em negociação com o Sintro-CE uma alternativa responsável diante da momentânea incapacidade das empresas de conceder aumentos salariais."
A expectativa do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros é que a partir de novembro de 2022, as reivindicações do Sintro-CE sejam reavaliadas em um cenário mais favorável, que permita avanços salariais sustentáveis.
O Sindiônibus também relatou que o diálogo estava em andamento, mas foi suspenso pela recusa do sindicato dos trabalhadores em aceitar a proposta. "O Sindiônibus reitera que está sempre aberto ao diálogo e repudia qualquer ato que impeça o deslocamento da população."