Vídeo: Centenas de peixes são encontrados mortos no Rio Cocó

Registro feito no bairro Jangurussu, em Fortaleza, pede investigação das autoridades responsáveis

09:28 | Jun. 17, 2022

Por: Gabriel Borges
Grande quantidade de peixes mortos no rio Cocó (foto: Reprodução WhatsApp)

Na manhã desta sexta-feira, 17, quem passava por um trecho do Rio Cocó, no bairro Jangurussu, em Fortaleza, se deparava com uma centenas de peixes mortos flutuando nas águas do Rio.

Em nota, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) informou que tomou conhecimento da mortandade de peixes no Rio Cocó, dentro da área do Parque Estadual do Cocó. A Secretaria, juntamente com a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), está providenciando medidas para analisar a ocorrência, entender e buscar a causa do problema.


A Sema também esclarece que existem vários fatores que podem causar uma mortandade e alguns deles estão relacionados à poluição e/ou eventos naturais. De acordo com a nota da pasta, a determinação da causa de uma mortandade é o melhor caminho para prevenir futuros eventos.

Já a Semace, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que "deverá se posicionar tão logo seja realizada a coleta e a finalização das análises laboratoriais do material coletado".

No vídeo que registra os animais mortos, é possível observar que a situação chamou atenção de quem estava próximo à área afetada. "Vamos divulgar, isso aqui é um crime ambiental, (olha) o tanto de peixe morto", diz o homem no momento em que registrava o ocorrido.

Em 2019, O POVO já havia mostrado a mesma situação no rio Cocó. De acordo com os relatos colhidos pela reportagem na época, moradores afirmavam que episódios como este se repetem a cada fim de quadra chuvosa.

O problema ocorrido nesta sexta-feira, 17, mais um vez, coincide com o período relatado pelos moradores em 2019, já que a quadra chuvosa do Estado teve seu último dia em 31 de maio.

Quanditade de peixes impressiona

Mesmo não sendo uma novidade na região, a morte de peixes registrada nesta manhã tem impressionado os moradores do Jangurussu. 

Rejane de Castro, 50, passa pelo local três vezes por semana para recolher material reciclável e afirma nunca ter visto uma situação parecida. "Segunda-feira eu passei aqui e não tinha nenhum peixe morto", relata.

O pedreiro José Francisco Ramos, 56, também passa pela avenida na ida ao trabalho e não lembra de presenciar um caso assim antes. Ele conta que viu os peixes mortos num trecho do rio que passa próximo ao estádio Castelão também. "Como eu ia passar por aqui, decidi parar para ver também", relata.

*Com informações da repórter Alexia Vieira