Dia Mundial da Tartaruga Marinha: Sabiaguaba tem blitz educativa

Orientações de boas práticas ambientais e distribuição de mudas fazem parte da ação no Dia Mundial da Tartaruga Marinha. Neste feriado, Seuma e Agefis também realizam abordagens na faixa de areia

Além do feriado de Corpus Christi, esta quinta-feira, 16, é marcada pelo Dia Mundial da Tartaruga Marinha. Durante esta manhã, a Prefeitura de Fortaleza realiza uma blitz educativa na Área de Proteção Ambiental (APA) da Sabiaguaba, para conscientizar frequentadores sobre a importância da proteção da biodiversidade local. O serviço, que faz parte da programação do Mês do Meio Ambiente, acontece na Rotatória da Sabiaguaba (rodovia Deputado Joaquim Noronha Mota, 463) desde as 8 horas.

"O objetivo é levar para a população de Fortaleza a necessidade e a importância de proteger toda a biodiversidade. O que fazemos no nosso município reflete no nosso País como um todo e no nosso planeta", afirma Pedro Rocha, secretário executivo de Urbanismo e Meio Ambiente.

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Ele enfatiza que a Sabiaguaba é um importante berçário para as tartarugas marinhas. Desde a advertência de não jogar bitucas e outras formas de lixo na areia até a conscientização sobre os cuidados para preservar os ninhos, Rocha diz que a educação ambiental é o principal intuito da ação.

A atividade desta manhã foi realizada em parceria com a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis). "Semanalmente fazemos as ações de fiscalização e orientação aqui na Sabiaguaba. As principais infrações são construções irregulares, poluição sonora com os paredões e o fluxo de carros que é proibido na faixa de areia", explica Sâmia Coelho, gerente de operações. Segundo ela, as ações foram intensificadas durante junho, o Mês do Meio Ambiente.

Durante a blitz, foram distribuídos sacos de lixo para serem colocados nos câmbios dos veículos e mudas de boldo, pitanga e planta da felicidade. Por volta das 10 horas, agentes da Agefis e educadores ambientais da Seuma desceram para a praia a fim de dialogar com os banhistas e realizar ação de coleta de lixo.

A data de proteção à Tartaruga Marinha

O dia 16 de junho foi escolhido para homenagear o estadunidense Archie Fairly Carr Jr., nascido em 16 de junho de 1909. Carr foi pioneiro na pesquisa e conservação das tartarugas marinhas. Conheça mais sobre as tartarugas marinhas:

Quantas espécies de tartarugas marinhas existem no Brasil?

Das sete espécies que existem no mundo, cinco ocorrem no Brasil: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata).

Animais migratórios, as tartarugas marinhas são patrimônio natural de todas as nações. Passam a maior parte do tempo no mar e podem atravessar oceanos para se alimentar em águas próximas a um continente e se reproduzir em outro.

As tartarugas marinhas estão ameaçadas de extinção?

Todas as espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil estão ameaçadas de extinção em níveis variados: nas categorias Vulnerável, Em Perigo ou Criticamente em Perigo.

Elas estão incluídas na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio Ambiente.

Quanto mede e pesa uma tartaruga marinha adulta?

Varia de acordo com a espécie. A menor de todas as tartarugas marinhas é a tartaruga-oliva, pesando em torno de 40 kg, com o casco de 80 cm, em média. A maior é a tartaruga-de-couro, que pode chegar aos 400 kg e cerca de dois metros de comprimento de casco.

A temperatura dos nichos define o sexo das tartarugas marinhas?

Sim. Assim como acontece com outros répteis, o sexo do filhote depende da temperatura da areia durante a incubação. A definição do sexo acontece em um momento específico, o período termossensitivo, geralmente no segundo terço da incubação.

Por volta de 29°C, temperatura conhecida como pivotal, é produzida cerca de metade dos filhotes de fêmeas e a outra metade de machos. Acima de 29°C, mais fêmeas são geradas, podendo chegar a 100% de fêmeas próximo aos 33°C.

Gradativamente, à medida que a temperatura diminui, o número de machos aumenta, podendo chegar a gerar 100% de machos em cenários perto de 24°C.

Qual a comida preferida das tartarugas marinhas?

Cada espécie tem sua dieta preferida. A tartaruga-verde se alimenta preferencialmente de algas e de gramíneas marinhas e a tartaruga-oliva gosta de crustáceos, peixes e moluscos.

A tartaruga-de-couro só come águas-vivas e outros organismos gelatinosos e a tartaruga-cabeçuda prefere caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados, triturados com a força da sua poderosa mandíbula.

A tartaruga-de-pente gosta mais de esponjas, e também come, em menor quantidade, anêmonas, algas e crustáceos.

Por que é preciso proteger as tartarugas marinhas?

Durante sua longa existência, uma tartaruga marinha leva e traz toneladas de nutrientes e energia vital à sobrevivência de tantas outras formas de vida. Peixes, crustáceos, moluscos, esponjas e medusas dependem dela para viver, assim como as formações de mangues, bancos de areia, de gramas marinhas e de algas, de corais, de recifes e de ilhotas. Proteger as tartarugas é, portanto, preservar a vida marinha e garantir a sobrevivência do planeta e da humanidade.

Quais são as maiores ameaças às tartarugas marinhas?

Redes de pesca, anzóis, desenvolvimento costeiro, degradação de áreas de desova, fotopoluição e poluição dos oceanos, além das mudanças climáticas, são as principais ameaças às tartarugas marinhas.

Fonte: Projeto Tamar. Perguntas e respostas. Disponível em http://tamar.org.br/arquivos/perguntas-e-respostas.pdf

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