Fortaleza registra 106 desabamentos entre janeiro e maio de 2022; ocorrências superam 1 mil

Segundo a Prefeitura da Capital, não há registros de nenhuma família que está desabrigada ou desalojada devido às precipitações. Comunidades da Cidade, como a do Saporé, foram impactadas pelas fortes chuvas

Fortaleza registrou 106 desabamentos entre os meses de janeiro a maio de 2022, de acordo com informações da Defesa Civil da Capital. O período, marcado por chuvas intensas com índices pluviométricos acima da média histórica nos três primeiros meses do ano, teve ainda 80 alagamentos e 86 inundações. No total, foram 1.171 ocorrências, sendo o risco de desabamento entre os chamados mais recorrentes, com 805 registros.

Conforme a gestão municipal, a população não teve problemas mais graves durante a quadra chuvosa, apesar das fortes chuvas. “Isso evidencia a importância das ações preventivas integradas entre os vários órgãos da Prefeitura de Fortaleza”, enfatizou a administração em nota. Entre os procedimentos, a gestão realizou a limpeza de recursos hídricos, assim como desobstrução de bocas de lobo, serviços de poda e recolhimento de árvores.

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Famílias de localidades de Fortaleza, como a comunidade do Saporé e os moradores da Sabiaguaba, foram impactadas pelas fortes chuvas na Capital. No caso do Saporé, os moradores realizaram um protesto em abril para reivindicar moradia digna e assistência social aos moradores do local, localizado às margens do riacho Maceió. A maioria das residências são construções de alvenaria, palafitas e barracos.

Na ocasião, a líder comunitária do local Amanda Letícia cobrou que a Prefeitura construa um conjunto habitacional em um terreno no entorno da área. Ela defende que os moradores buscam um novo local para mudar, mas que não seja distante da região. “É aqui que as pessoas conseguem o ganha-pão, porque como é perto da Beira Mar, muita gente vai lá vender dindin, coco, lanches, e assim conseguem trazer o sustento de suas famílias”, argumenta.

Durante a quadra chuvosa, a Prefeitura enfatiza que centenas de famílias moradoras de áreas de risco, como Ilha Dourada, Saporé e Ponte da Sabiaguaba, receberam material assistencial. No total, foram distribuídas quase mil cestas básicas, 1.269 colchonetes, 2.400 mantas, 747 redes, 581 sacos de ráfia e mais de 23 mil metros quadrados de lona. Atualmente não há registros de nenhuma família desabrigada ou desalojada devido às chuvas, segundo a gestão.

A Defesa Civil reforça que, em caso de qualquer risco, deve ser acionado via Ciops, por meio do telefone 190. Os agentes trabalham em regime de plantão, 24 horas, para atender as demandas da população. É possível entrar em contato com o órgão em chamados de emergência, denúncias e outras solicitações de forma gratuita.

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