Professora acusada de matar o marido envenenado vai a júri popular em Fortaleza

Crime aconteceu há mais de doze anos. Mulher será julgada por homicídio triplamente qualificado e pode pegar até 30 anos de prisão

08:46 | Jun. 02, 2022

Por: Luciano Cesário
Magistrado do caso tomou decisão com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor no Brasil desde 2018 (foto: Getty Images)

Uma professora acusada de envenenar e matar o próprio marido vai a júri popular nesta quinta-feira, 2, em Fortaleza. Conforme denúncia apresentada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), Priscila Martins Vieira teria servido uma sopa com substâncias tóxicas ao então esposo depois de descobrir uma suposta traição dele. O crime aconteceu em março de 2010, no bairro Serrinha. Desde então, o processo tramita na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Fortaleza.

Conforme a denúncia do MPCE, no dia do crime, o homem havia comprado uma sopa e levado para casa, onde também estava sua então companheira. Horas depois, ele começou a passar mal e foi levado por um amigo ao hospital. A vítima morreu instantes após dar entrada na unidade. De acordo com a investigação, o casal morava na mesma casa, mas eles dormiam em quartos diferentes desde que Priscila descobriu que o marido estaria se relacionando com outra mulher.

Nos autos do processo, a defesa da professora nega que ela tenha tido acesso à sopa ou adicionado veneno à refeição. De acordo com o MPCE, o casal vivia junto há quatro anos e mantinha um relacionamento conturbado por brigas e discussões violentas. No total, a Justiça já interrogou 13 pessoas indicadas como testemunhas no âmbito do processo.

A acusada será julgada pelo crime de homicídio triplamente qualificado. Caso condenada, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão em regime recluso.

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