Falta de profissionais afeta UPAs de Fortaleza e outros dois municípios, denuncia cooperativa
A Fundação Leandro Bezerra de Menezes, responsável pela gestão dos equipamentos, teria suspendido de forma imediata os serviços de profissionais cooperadosTrês Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza — dos bairros Vila Velha, Bom Jardim e Edson Queiroz —estão com falta de profissionais de saúde para atendimento da população, de acordo com denúncia divulgada nesta quinta-feira, 12, pela direção da Cooperativa de Trabalho de Atendimento Pré e Hospitalar (Coaph). A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza, contudo, nega que o atendimento tenha sido afetado. Foram impactadas ainda UPAs de Horizonte e de Sobral, conforme a Coaph.
Segundo a entidade, a Fundação Leandro Bezerra de Menezes, responsável pela gestão dos equipamentos, informou a suspensão imediata dos serviços dos cooperados da Coaph, “sem justificativa pertinente”. “A suspensão repentina não obedece o contrato, que estabelece que o encerramento do contrato deve ser oficializado com no mínimo 30 dias de antecedência”, defende em nota a Coaph, alegando que a ação gera impactos de natureza legal e social.
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Uma fonte da Coaph, que terá sua identidade preservada, apontou que a classe mais prejudicada entre os profissionais foi a dos médicos, que já tinham sua escala definida. Ela disse que o informativo enviado pela Fundação aconteceu de forma abrupta por e-mail. “Isso colocou a população de Fortaleza em risco, já que nenhuma outra instituição conseguiria fornecer o quantitativo de profissionais”, apontou, classificando a atitude da Fundação como “irresponsável e amadora”. “O serviço sempre foi bem prestado, não foi um serviço deficiente em nenhum momento. O que nos deixa mais ainda sem entender qual o motivo real disso”, questiona.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza disse que as UPAs dos bairros Edson Queiroz, Vila Velha e Bom Jardim contaram com atendimento médico, em todos os turnos, nesta quinta-feira, 12. A pasta explicou que a Fundação Leandro Bezerra de Menezes (FLBM) realizou a substituição da cooperativa responsável pelos plantões médicos, mas garantiu a nova adesão não impactou no atendimento das unidades.
Em nota, a Fundação Leandro Bezerra de Menezes refuta a denúncia de falta de profissionais nas UPAs e afirma que fez a substituição das cooperativas em virtude de "frequentes reclamações". "Desde que houve a substituição da prestadora de serviço, a FLBM vem cumprindo à risca com a escala de médicos, em atendimento ao contrato de gestão, mantendo a qualidade e eficiência no atendimento dos pacientes destas UPAS e de todas sob sua gestão", diz em comunicado enviado pela assessoria de imprensa.
Leia nota na íntegra:
"A Fundação Leandro Bezerra de Menezes - FLBM vem a público refutar denúncia de uma suposta falta de profissionais de saúde em algumas UPA’s de Fortaleza — Bom Jardim, Edson Queiroz e Vila Velha.
A FLBM esclarece que em virtude de frequentes reclamações e problemas quanto à qualidade dos serviços, fez a substituição da Cooperativa Coaph.
Vale ressaltar que desde que houve a substituição da prestadora de serviço, a FLBM vem cumprindo à risca com a escala de médicos, em atendimento ao contrato de gestão, mantendo a qualidade e eficiência no atendimento dos pacientes destas UPAS e de todas sob sua gestão.
A FLBM reforça que atua sempre para melhorar as condições de trabalho de seus profissionais, bem como proporcionar uma maior qualidade na oferta da prestação de seus serviços, juntos aos nossos pacientes.
Por fim, gostaríamos de assegurar a todos os médicos parceiros que não haverá nenhuma alteração nas garantias que vocês já possuem. Pelo contrário, os plantões estão sendo pagos à vista pela nova empresa, com valores superiores aos praticados pela antiga cooperativa, demonstrando um claro empenho e comprometimento da nova empresa.
A FLBM lamenta ainda a má conduta do presidente da Coaph no sentido de aconselhar seus médicos cooperados a não irem aos seus postos de trabalho, prejudicando uma grande parcela da população que precisa desse atendimento.
Vamos continuar trabalhando com total transparência e respeito aos nossos parceiros e pacientes, prestando todos os esclarecimentos necessários".
No caso de Horizonte, o número de telefone da secretaria da Saúde, disponibilizado no site oficial da gestão, também não atendeu ou retornou as ligações.