Peixe-leão: IJF orienta profissionais e população para atendimento às vítimas de acidentes
IJF oferece atendimento presencial para urgências por intoxicações agudas e realiza orientações para profissionais de outras unidades. Veja recomendações para casos de acidentes com animais aquáticos no litoral cearenseApós o primeiro contato acidental de um pescador cearense com um peixe-leão, no último dia 21 de abril, em Barroquinha, o Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, tem reforçado o repasse de orientações para atendimentos às vítimas de possíveis acidentes com a espécie. O animal tem sido encontrado em maior quantidade no Estado desde março deste ano. O caso com o pescador também foi o primeiro do tipo notificado no Brasil.
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No acidente com o pescador cearense no último mês de abril, o atendimento médico oferecido à vítima contou com a orientação do IJF, por meio do Núcleo de Assistência Toxicológica (Nuatox). O atendimento na unidade é ofertado de forma presencial, para urgências por intoxicações agudas, durante 24 horas por dia.
Orientações também podem ser solicitadas através dos telefones (85) 3255 5050, (85) 3250 5012 e (85) 998439 7494, tanto para demais unidades de atendimento como para a população em geral. O hospital conta com equipes multiprofissionais especializadas.
Além do Ceará, a presença do peixe-leão tem sido percebida em maior escala no Norte e Nordeste do Brasil, com casos já notificados no Piauí, no Amazonas e em Fernando de Noronha.
Acidentes com animais aquáticos venenosos
A coordenadora do Nuatox, doutora Polianna Lemos, informou que acidentes com animais aquáticos no litoral cearense não são incomuns. Acontecem mais frequentemente com bagre, baiacu, ninquim e arraia, animais que também possuem toxinas. A principal recomendação em caso de contato com o peixe-leão e outras espécies é manter a calma e buscar orientação médica.
Polianna ainda reforça que, em caso de contato com o peixe-leão, deve-se lavar o local que foi perfurado com água corrente e fazer compressa de água morna para aliviar a dor local. A região afetada não deve ser cortada, e resquícios de espinhos, dentes e partes do animal que ficarem presas à vítima não devem ser retirados.
"O quadro de dor é muito comum, e o tratamento da dor, nesse tipo de acidente, é feito com água morna, que pode neutralizar esse quadro de dor. Em caso de qualquer dúvida, entre sempre em contato com a nossa equipe, que é totalmente interdisciplinar e 24 horas disponível aqui no IJF, que nós podemos orientar o que fazer e o que não fazer", pontua a coordenadora.
O peixe-leão possui 18 espinhos venenosos, sendo 13 localizados na nadadeira dorsal, três na nadadeira anal e um em cada nadadeira pélvica. O contato humano com a espécie invasora, em caso de perfurações pelos espinos, pode causar náusea, vômito, sudorese, febre, convulsões e dor abdominal, sendo necessárias avaliação e orientação médica.