Fiéis se reúnem para celebração da Paixão de Cristo na Catedral de Fortaleza
Mais da metade do público estava de máscaras, apesar da liberação da obrigatoriedade do uso do itemA Catedral Metropolitana de Fortaleza, no Centro, reuniu fiéis na tarde desta sexta, 15, para a Paixão e Morte do Senhor, celebrada pelo arcebispo Dom José Antônio. Apesar do decreto estadual publicado nessa quinta-feira, 14, que liberava o uso de máscaras em ambientes fechados, cerca de 60% do público presente estava usando o item de proteção contra a Covid. No primeiro ano de rituais de Páscoa feitos de forma presencial desde o início da pandemia, a Catedral optou por não realizar a tradicional procissão após a celebração.
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Além da ocupação total dos bancos instalados na igreja, as pessoas se sentaram em cadeiras de plástico e de praia dentro e fora do templo. O artesão José Crisóstomo Veiga, 34, foi um dos primeiros a chegar, mas preferiu ficar em pé em uma das entradas laterais. "Sei que a gente não é mais obrigado a usar a máscara, mas me senti um pouco incomodado em estar sentado ao lado de tantas pessoas sem proteção. Não sei, já faz tanto tempo que eu uso que, sinceramente, já me acostumei. Esta é a primeira vez que vou à igreja desde 2020. Fiquei doente no ano passado e só não morri pela graça de Deus", destacou.
Com o calor que fazia dentro do templo e o sol forte do meio da tarde, Valeska Cardoso, 54, estava sentada com o esposo, Evandro Souza, em uma das cadeiras de plástico colocadas do lado de fora, à sombra. A dona de casa compareceu às celebrações da Igreja do Carmo no começo da semana e resolveu ir à Catedral na Sexta da Paixão. "É uma emoção muito grande poder estar aqui, principalmente por causa de tudo o que passamos até este momento, com a perda de tantas pessoas conhecidas na pandemia", afirmou.
A Sexta-Feira Santa é o segundo dia do Tríduo Pascal, que iniciou na Quinta-Feira Santa à noite e terminará com a celebração da missa após a Vigília Pascal. Nela se recorda a condenação, prisão, paixão e morte de Jesus na Cruz. É o único dia em que a Igreja não celebra missa, mas uma ação litúrgica fazendo memória da entrega de Jesus pelos seres humanos.
No sábado, 16, está programada para a Catedral a Solene Vigília Pascal, também celebrada pelo arcebispo Dom José Antonio. No Domingo de Páscoa haverá celebração na Catedral em quatro horários: 9, 11, 17 e 19 horas — este último sendo a Missa Solene da Ressurreição, presidida por Dom José Antonio.