Testemunhas afirmam que tenente da PM baleado em Fortaleza não reagiu

O caso é tratado, inicialmente, como tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, POVO apurou que um criminoso teria oferecido R$ 20 mil pela execução de Leonardo Lírio

15:11 | Abr. 14, 2022

Por: Redação O POVO
Agentes de segurança se reúnem do lado de fora de unidade de saúde após tenente da PM ser baleado na cabeça (foto: Reprodução/Via WhatsApp O POVO )

Testemunhas afirmaram que o tenente da Polícia Militar do Ceará, Leonardo Lírio, que foi baleado na cabeça na noite dessa quarta-feira, 13, não reagiu à abordagem. O crime aconteceu no bairro Padre Andrade. A arma do militar foi roubada. 

O militar marcou com dois colegas para assinar um contrato. Enquanto conversava com os dois, um terceiro individuo chegou em uma motocicleta e apontou a arma.

O oficial levantou e falou "calma", mas o criminoso atirou, de acordo com relato de fontes. O militar tentou ainda puxar a arma, quando estava ferido, mas não conseguiu. Uma das testemunhas relata ainda que tentou socorrê-lo, mas que quase foi baleada.

Lírio foi socorrido ao Frotinha do Antônio Bezerra e transferido ao Instituto Doutor José Frota (IJF), onde segue internado em estado grave. Viaturas permaneceram na frente da unidade de saúde durante a noite, e militares acompanharam a situação.

O POVO obteve imagens de câmeras de segurança que mostram o autor do crime usando equipamento de entregas por aplicativo.

Apesar de o crime ser tratado, inicialmente, como uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte), O POVO apurou que um criminoso teria oferecido R$ 20 mil pela execução de Leonardo. No entanto, as investigações ainda estão em andamento.

O tenente foi afastado das atividades no ano de 2018 em razão de um crime de tortura no bairro Bela Vista, em Fortaleza. Ele era o comandante da guarnição. 

Por meio de nota, a Polícia Militar do Ceará confirmou que o tenente estava com amigos quando dois homens, em duas motocicletas, efetuaram tiros. 

Informações acerca da identificação e/ou localização dos suspeitos podem ser repassadas por meio dos telefones 181, ou 190. O sigilo é garantido.