Caso Efigênia: julgamento de acusado de assasinato será em 12 de maio
Após um ano e três meses, dona Jaqueline diz que não há como esquecer a morte da filha. "Exalto o Exército do Senhor que é o defensor da causa da minha filha e já providenciou a vitória", diz a mãe
18:07 | Abr. 13, 2022
No próximo dia 12 de maio será realizado o julgamento de Wando Cordeiro Vasconcelos, 35 anos. Ele é acusado de matar a estudante de Fisioterapia Maria Efigênia Soares, de 28 anos. Grávida, a universitária foi morta por asfixia e teve o corpo incendiado. O crime aconteceu no dia 13 de janeiro de 2021.
Efigênia estava grávida de Wando, que é motorista de aplicativo. Ela o informou sobre a gestação, e os dois marcaram um encontro. Após manter relações sexuais com a vítima, ele teria matado a vítima asfixiada e incendiado o corpo da gestante.
De acordo com os autos, de posse do celular de Efigênia, o indivíduo ainda simulou um sequestro e tentou extorquir o pai de Efigênia fazendo com que ele acreditasse que a filha estava sob o poder de integrantes de facção.
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Os policiais civis da Delegacia Antisequestro entraram no caso e identificaram que o caso não se tratava de um sequestro. Wilson estava com o aparelho celular da vítima.
A investigação aponta que ele possuía outro relacionamento e não aceitou a gestação da universitária. Após o assassinato por asfixia, o corpo da estudante foi enrolado em um colchão e incendiado. Wilson confessou o crime e apontou para a Polícia o lugar no qual havia deixado os restos mortais da ex-companheira.
Nem a mãe de Efigênia sabia da gravidez. Ela soube pelas amigas da filha, que explicaram sobre o relacionamento com Wilson e a gestação. A universitária havia feito ultrassom, e o motorista de aplicativo havia prometido que os dois contariam sobre o bebê para a mãe dela.
Desde que soube da perda da filha e do neto que iria nascer, a mãe, dona Jaqueline Santana, passou a lutar pela injustiça em torno dos crimes de feminicídio e sempre se manifesta sobre o ocorrido. "Hoje partilho minha alegria com vocês. O julgamento do assassino da minha filha foi marcado, esse foi meu presente de aniversário. O meu senhor não dá graça pela metade. Ela é segundo o coração de Deus, justa e verdadeira", escreveu nas redes sociais.
Após um ano e três meses, dona Jaqueline diz que nunca mais teve paz. "Exalto o Exército do Senhor que é o defensor da causa da minha filha e já providenciou a vitória."