Muro e terreno de casas na comunidade Jagatá cedem após chuvas em Fortaleza
Moradores alegam receio de permanecer no local pelo risco de novos deslizamentos
20:32 | Abr. 10, 2022
O muro e parte do terreno de quatro casas na comunidade do Jagatá, na região do Grande Jangurussu, em Fortaleza, desabaram após as intensas chuvas em Fortaleza nos últimos dias.
As estruturas despencaram entre a última quinta e sexta-feira, 7 e 8 de abril. As residências, que ficam nas proximidades de um canal, ainda sofrem o impacto da elevação do nível de água.
Além de temerosos de permanecer em um local com estrutura fragilizada, moradores reclamam dos riscos de doenças causadas pela água contaminada.
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Todas as residências que tiveram sua estrutura danificada ficam às margens do canal. Nayara Nascimento de Sousa relata que a casa de sua mãe foi uma das que foram impactadas pelo nível da água.
"Felizmente, tivemos apenas danos materiais, mas também tem o dano emocional de ver uma parte da sua casa desmoronando. Além de ficar com medo de que algo pior aconteça, principalmente se voltar a chover forte", conta a analista de crédito.
Nayara explica que, até o momento, a água proveniente do canal não invadiu as casas. Contudo, sem a proteção dos muros, que possivelmente barravam a água, não se sabe como vai ser a situação caso as chuvas retornem nas mesmas intensidades registradas na última semana.
Ela ainda relata que alguns vizinhos alegaram estar temerosos de precisar sair de suas casas, por conta do terreno frágil.
Outro problema que a comunidade enfrenta é o de pragas, como ratos e muriçocas, que podem levar doenças aos moradores. Além disso, conviver com o mau cheiro virou rotina para quem mora nas proximidades do canal, que também recebe desejos de esgoto.
De acordo com Nayara de Sousa, até o momento, nenhum órgão ou representante da Prefeitura Municipal de Fortaleza esteve no local para verificar a situação das casas atingidas ou declarar ações de reparação para as famílias impactadas.
A analista de crédito também informou que já foi solicitado, junto a Prefeitura, a limpeza do canal. O órgão teria informado, por sua vez, que a previsão de limpeza seria até o final deste mês.
A equipe do O POVO entrou em contato, via WhatsApp, com a Secretaria Municipal de Segurança Cidadã questionando as ações da Prefeitura para amparar as famílias impactadas e aguarda um retorno.
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