Chuvas em Fortaleza: quais cuidados são necessários com os pets?

Desde a possibilidade de passeios até preocupações com doenças, saiba os principais cuidados com os pets em períodos chuvosos

Fortaleza chegou ao 37º dia consecutivo de chuvas nessa sexta-feira, 8. O período intenso de chuvas pode trazer possibilidade de alagamentos na Cidade, congestionamento no trânsito ou até mesmo o questionamento sobre quando será possível pôr as roupas para secar no varal de casa. Além disso, aqueles que têm animais domésticos - como cães e gatos - podem se perguntar quais são os cuidados necessários com os pets em dias chuvosos.

Em entrevista ao O POVO, a médica veterinária do Cuidados Vet e fundadora do Clube Vet, Rebeca Frota, explica alguns pontos aos quais tutores precisam ficar atentos quando o assunto é a relação entre animais domésticos e a chuva.

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Pode passear com o pet em dias de chuva?

A médica veterinária Rebeca Frota aponta que é possível fazer passeios com os animais domésticos. A indicação, entretanto, é que eles não sejam levados para passeio nos momentos em que estiver chovendo, pois podem ficar gripados. “Sempre passeios com guia e com observação. É importante impedir ao máximo aqueles passeios em que o animal anda livremente. As poças de água acumulada podem trazer riscos de doenças posteriormente”, orienta.

Caso o animal se suje ou se molhe bastante, é indicado fazer a limpeza com produtos veterinários, lenços umedecidos ou até banho se o bichinho tiver exposição maior a trajetos com lama, por exemplo. Alguns cuidados, porém, voltam a ser necessários mesmo em épocas sem chuva. “Independentemente da chuva, é interessante estar com proteção de pulga e carrapato e também contra o mosquito do calazar”, acrescenta.

Doenças podem aparecer nos pets em dias de chuva

Durante o período chuvoso, os animais de estimação podem correr riscos como diagnósticos de doenças. Rebeca Frota aponta para o aumento de casos de leptospirose, enfermidade infecciosa causada pela bactéria Leptospira, presente principalmente na urina de ratos. Como lembra a médica veterinária, a doença pode se espalhar com mais facilidade a partir dos caminhos percorridos na água pluvial.

A leptospirose pode atingir tanto gatos quanto cachorros, além dos próprios humanos. Outros exemplos citados por Rebeca são a cinomose canina e a parvovirose canina, ambas graves e causadas por vírus, sendo incidentes em cães. Essas, porém, “independem de períodos chuvosos”, sendo necessários cuidados frequentes por parte dos tutores.

Mudanças de humor dos pets em dias de chuva

Em períodos chuvosos, é possível observar alterações no humor de animais domésticos, como naqueles que “têm aversão à água e não gostam de banho”. Como lembra Rebeca, eles podem ficar “tristes” em casa também devido à falta de passeios, pois esses momentos de saída também funcionam para diminuir o estresse e para gastar a energia.

Diante disso, quando não for possível passear, ela recomenda realizar atividades que contribuam para interação com cães e gatos, a fim de estimular o gasto de energia dos bichinhos. “Podemos desenvolver outras atividades em um período chuvoso para desestressar, porque passeios acabam sendo muito importante principalmente para os cães nesse quesito. Enriquecimento ambiental e passar um pouco mais de tempo com o pet são importantes. Não é para tirar aquela atividade que ele tem rotineiramente e não colocar nada no lugar”, adverte.

O enriquecimento ambiental, então, entra como alternativa para a falta de passeio. Para gatos, por exemplo, é possível “colocar móveis em que o animal suba e escale”, além de arranhadores, erva aromática Catnip e brinquedos, estimulando, assim, a atividade física e “o seu trabalho de faro”.

Para cães, brinquedos com espaços para ração e mordedores também são boas opções. Comidinhas congeladas e patês apropriados para cachorros também podem ajudar a aliviar o estresse do animal caso seu tutor não permita o passeio.

Meu bichinho tem medo da chuva. E agora?

Não são raros os casos de estresse e até medo envolvendo animais domésticos quando o assunto é chuva. A situação fica ainda mais complexa quando são registrados raios e trovões, que podem deixar os bichinhos inquietos em diferentes níveis. Por isso, Rebeca Frota recomenda alguns procedimentos para tornar o ambiente mais confortável para cães e gatos.

Em cenários mais “amenos”, em que o nível de estresse não é tão elevado, ela recomenda deixar os pets em quartos silenciosos, com janelas fechadas, ventilador ou ar-condicionado e até uma música relaxante para os animais. Esses passos são importantes para desestressá-los.

Entretanto, quando a situação se torna mais crítica e o bichinho reage de forma mais intensa, pode ser preciso até usar medicação: “Existem casos extremos nos quais os animais ficam realmente estressados, podendo até se machucarem ou se mutilarem. Nessas situações, é possível entrar com medicação. Casos mais graves podem exigir um pouco de sedação. Em cenários crônicos, podemos entrar com homeopatias e fitoterápicos que ajudem a controlar a ansiedade do cão ou do gato”.

Vale dizer, porém, que a aplicação de medicamentos deve ser feita após consulta com veterinário. O profissional é capaz de determinar as doses, medicações e frequências necessárias para cada animal, de forma que não haja sofrimento para os bichinhos.

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