Mototaxista preso por importunação sexual no bairro Ellery já foi detido pelo mesmo crime em 2020
De acordo com a Polícia, homem cometeu o mesmo crime em Caucaia há dois anosO mototaxista de 43 anos que aparece em um vídeo cometendo importunação sexual contra uma mulher de 18 anos foi preso pela segunda vez pelo mesmo crime. O homem, que não teve a identidade revelada, já havia sido preso em flagrante em 2020, em Caucaia. Na última terça-feira, 5, ele foi preso no ponto de mototaxistas na Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza. De acordo com as investigações, ele utilizava a atividade profissional para cometer o crime.
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De acordo com o delegado geral da Polícia Civil do Ceará, Sérgio Pereira, o homem aproveitou a exposição da vítima, que estava sozinha em uma via pouco movimentada, para praticar o delito. "Na primeira ocorrência, a placa da moto não estava encoberta, o que possibilitou a identificação, localização e prisão de forma muito rápida. De lá pra cá, ele de certa forma aprimorou o modus operandi, pois dessa vez ele cobriu a placa. Justamente para dificultar a identificação", detalhou.
O caso só chegou a ser alvo de investigação por causa da repercussão do vídeo na imprensa e nas redes sociais. Com isso, a Polícia identificou a vítima, que ainda não tinha prestado queixa, para formalizar a ocorrência e dar início à investigação. "Diversos policiais da Delegacia de Defesa da Mulher montaram um cerco na Praça do Ferreira, porque sabíamos que era um mototaxista. E nesse cerco ele foi capturado, não teve oportunidade de conseguir fugir", descreveu. No momento da prisão, o homem negou ter cometido a importunação sexual.
Vítima com receio de procurar a Polícia
A titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, Eliana Maia, disse que a vítima estava com medo de procurar a Polícia. "Conseguimos identificá-la e fazer o início da investigação, e a partir desse momento ela foi bastante colaborativa", detalhou Eliana. Ela destaca que principalmente as vítimas de crimes sexuais devem procurar a Polícia. "Que nenhuma vítima fique em dúvida se é necessário ou não", frisou.
A delegada ressalta ainda que o crime de importunação sexual não depende da vontade da vítima de denunciar. "Então, nós poderíamos ter instaurada investigação a partir daquelas imagens, o que me deixa à vontade para fazer um apelo à população: se tiverem conhecimento envolvendo esse tipo de crime, qualquer pessoa pode fazer essa comunicação à Polícia, até sem se identificar", ressaltou.
Importunação sexual
Importunação sexual é caracterizada por ato libidinoso na presença da vítima de forma não consensual, conforme o artigo 215-A, "Dos Crimes Contra a Liberdade Sexual".
Podem ser considerados atos libidinosos praticas como apalpar, lamber, tocar, desnudar, masturbar-se ou ejacular em público ou qualquer prática e comportamento que tenha finalidade de satisfazer desejo sexual. A pena prevista é de um a cinco anos de reclusão.